tag:blogger.com,1999:blog-55871042528969725592024-02-19T04:49:40.074-08:00Crônicas, talvez efêmeras.Gleison Nascimentohttp://www.blogger.com/profile/11668982899069234900noreply@blogger.comBlogger75125tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-45304324865752199042015-08-14T08:53:00.001-07:002015-08-14T09:01:28.170-07:00O amor é isso<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Amar é nunca mais sentar na
janela. É se dar, se doar, se oferecer. É ser 1º coríntios 13. É descobrir,
como dizem por aí, que há uma beleza gigante e muitas vezes latente nas coisas
pequenas e simples... que “a simplicidade é a sofisticação suprema”. Não cabe
na mente essa coisa toda... essa coisa de amar. É adimensional. Complexa. Como
as palavras. Como a própria vida. Como a própria morte. É feito coisa de poeta,
que quem não é, não sente. Por isso que tem gente que não acredita. Que jura
que não é verdade. Que diz que não existe, como alguns dizem de Deus. Mas muita
gente diz que sente ou que já sentiu... Deus e o amor. Duvido coisa simples
mais complicada. A gente é que pensa, vez por outra, que é capaz de definir o
indefinido, de classificar o inclassificável, de entender o ininteligível. A
gente só sente. E sentir é tão particular e há tanta gente que tanto sente que
o amor é, ao mesmo tempo, público e pessoal, coletivo e privado. Por isso não
há quem o descreva completa ou perfeitamente, ou que dê a ele uma descrição
única e acabada... uma cara, uma caricatura, um retrato-falado.... Talvez seja o
indescritível o que o torna multifacetado. Mas nunca cansam, nem os poetas nem
as canções, de tentar descrevê-lo, de lhe fazerem sala, de lhe tomarem por
tema, fotografá-lo, retratá-lo... O amor é celebridade. É o foco dos holofotes
nos palcos das vidas. Protagonista e antagonista. Herói e vilão. Salvador e
algoz. Culpado de tudo que há de mais mesquinho e de mais sublime no mundo. O
amor é crime. O amor é filme. O amor é fuga. O amor é fim. O amor é meio. O
amor é começo. É coisa que entra na rima, mas que nela nunca cabe. Nunca coube.
O amor é incontível. É o incontido no peito de muita gente. É invasor eficaz
que gentil ou ferozmente se instala e derruba e levanta.... É queda. É tiro. É
tiro e queda. É cura e é doença. Não tem começo nem fim, porque quando acaba
(se acaba) teima em nascer novamente. É semente do infinito no vão da
eternidade. Ah...O amor... o amor é o tempo explicando a vida... E a gente leva
a vida toda tentando entender o que é o amor...</div>
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Danillo Melo<o:p></o:p></div>
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14.08.2015<o:p></o:p></div>
Danillo Melohttp://www.blogger.com/profile/14997306452680900407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-87953944286691173002014-10-21T12:49:00.003-07:002014-10-22T11:34:20.551-07:00Meu pé de jambo<div style="text-align: justify;">
Pequeno, mas imponente. Parece contradição a fusão de tais termos, mas ele era realmente assim. Meu pé de jambo, pequenino, um pouco mais alto que o pé direito da casa, se erguia querendo ser grande, mas com o tempo foi sendo ultrapassado pelas construções ao redor, cada vez maiores e constantes. Mas era imponente quando frutificava. Parece ser coisa da natureza, essa, de ser bela quando se reproduz. Ele era assim. Havia centenas de filetes rosados que ornamentavam a árvore inteira, distribuídas entre o verde das folhas. Outros desses mesmos filetes cobriam o chão de rosa como um imenso tapete. O fruto, era de um roxo forte, por vezes metálico, que enchia de água a boca e de brilho os olhos. Não havia quem passasse e não desejasse, ou não chegasse a pedir ou até se aventurasse a pegar sem pedir mesmo, aqueles frutos deliciosos. No "tempo do jambo" eu me pendurava nos galhos com uma sacola na mão e ia colhendo aqueles frutos que pareciam ser oriundos de uma árvore duas vezes maior que aquela. Saboreava-os até me fartar. Os da casa e os da rua também. Tinha pra todo mundo. À noite, quando eu era criança, usávamos a árvore para nos esconder durante a brincadeira de garrafão. Nem temíamos os morcegos, que por lá jantavam quando a noite caía. Eu sonhava até em fazer uma casa naquela árvore, coisa que nunca fiz e nem acho que seria possível, mas vivi tanto nela que saciei ao meu modo esse desejo de criança. Com o tempo, as casas e os prédios foram crescendo e minha árvore foi se tornando cada vez menor. Eu também fui crescendo e me tornando cada vez mais ocupado e atarefado. Não mais a contemplava como antes. Já não queria subir para arrancar com as mãos os frutos deliciosos que ela carregava. Com o tempo, já não olhava para cima à procura do que saborear, nem para baixo, para observar as flores rosas que revestiam o chão do quintal. Tornei-me ocupado, moderno, proletário. Nem conseguia vê-la mais lá. Um dia, quando voltava do trabalho, percebi que a casa estava em obras. Encheram de cerâmica todo o chão do meu jardim, levantaram um muro e um portão imponentes na frente da minha casa e arrancaram meu pé de jambo do meio do terreno. Passei pela bagunça, rapidamente, com um olhar curioso, mas sem afobação e entrei no meu quarto. Nem sequer olhei para trás, para contemplar o espaço vazio que havia em meu jardim, onde antes meu pé de jambo se erguia, pequeno, mas imponente. Tudo se tornou diferente: os moradores, a rua, as casas, os prédios ao redor. Já não os conheço tão bem e nem os dou tanta atenção. Todos passaram, como meu pé de jambo e como eu, um dia. Meses depois, numa conversa qualquer, um amigo lembrou-me de uma árvore que eu tinha em frente a minha casa. " Era um pé de manga, nao era?" Achei graça e respondi sorrindo: "Não, era um pé de jambo". Depois disso, fui visitado por uma nostalgia triste que me perturbou até o momento desta crônica. Lembrei-me dele. Do meu pé de jambo. De tudo que ele representa pra mim e de como tinha sido tão seca e abrupta, tão sem respeito e sem despedida a ocasião de sua partida. Só ele me fez ver a passagem do tempo, a perda das horas, as mudanças na vida, o progresso, a modernidade. Senti vergonha e enchi-me de medo... vergonha pelo que fiz (e fui) e medo de um dia, nessa vida, ser eu, como ele e serem os outros, como eu...</div>
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Danillo Melo</div>
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21/10/2014</div>
Danillo Melohttp://www.blogger.com/profile/14997306452680900407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-90771353678794164222014-09-23T10:44:00.000-07:002014-09-23T10:44:54.679-07:00O curioso caso do celular<div style="text-align: center;">
<br /></div>
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Desci, correndo, até o ponto mais próximo. Estava prestes a perder aquele ônibus e o próximo só chegaria por volta da meia-noite e meia. Perdi. Fiquei sentado, no ponto vazio, esperando o último ônibus da noite. Atrás de mim, uma praça escura e deserta. À minha frente, além da avenida, um casa de três andares na qual se desenrolava uma modesta festa. Eu, ora em pé, ora sentado, observava a avenida, ora cheia, ora vazia. Passavam carros, motos, ambulâncias, viaturas, pedestres... e então, subitamente, tudo ficava deserto e silencioso. A festa estava no fim. Pouco a pouco alguns homens iam saindo do prédio, passando por mim como se eu não estivesse ali e depositando sacos de lixo em algum ponto da praça. Minha espera seria longa e não havia grandes distrações. Me enchi de tédio e desejei, intimamente, algo que quebrasse aquela monotonia ou melhor, que fizesse o tempo correr e meu ônibus chegar mais rápido. Foi nesse cenário e sob essas circunstâncias que se deu o curioso caso do celular... Vi duas mulheres na avenida. Estavam arrumadas. Andavam apressadamente, como se estivessem atrasadas. Provavelmente iam a alguma festa. Passaram por mim e seguiram para longe. Alguns minutos depois, vi as mesmas mulheres voltando de onde vieram, dessa vez com mais rapidez que antes. A avenida estava deserta. Não andavam lado a lado, como da primeira vez, mas uma à frente da outra, como se fugissem. Notei um homem forte, montado numa moto, que se aproximava delas com rapidez. Minha mente de contista ganhou asas. Imaginei uma tragédia. Me assustei, internamente, mas não movi um dedo. A da frente, seguia, sem olhar para trás, dizendo à outra, em alta voz, que elas deveriam ir embora. A de trás resmungava alguma coisa para o homem que se aproximava... algo do tipo “eu compro outro, não se preocupe...”. Ele acelerou, encostou a moto próximo à calçada, tirou o capacete e olhou para ela com fúria. Imaginei o pior... que ele sacaria uma arma e a alvejaria, ali mesmo, do outro lado da pista, há alguns metros de onde eu estava. Em vez disso, ele sacudiu, com grande força, um objeto que acertou o rosto da mulher e depois caiu no chão dando um estalo. Embora o pior não tivesse ocorrido - o que aliviou um pouco a minha tensão - fiquei chocado com a brutalidade com que ele a atacara. Ele me olhou ao longe - e na realidade, nem sei se me via - e me fez sentir medo. Permaneci imóvel, como se nada tivesse visto e desviei o olhar. Ele subiu na moto, rapidamente, e foi embora com o ronco pesado do motor. Olhei os três desaparecerem da minha vista enquanto pensava no objeto com o qual ele tinha agredido a segunda mulher. De modo inusitado e até instantâneo, aquele objeto me aguçou a curiosidade. “Foi um celular”, pensei. Me perguntei porque ela não voltava para apanhá-lo. Enquanto divagava nisso, um jovem que passava e que tinha visto a raiva com que o homem da moto tinha partido, fez um comentário aparentemente despretensioso a respeito do quanto era perigoso aquele homem com quem aquela mulher estava se metendo. Senti medo ao pensar que eles poderiam retornar e algo mais acontecesse. Olhei na direção para onde o homem da moto havia partido sem conseguir tirar o celular da mente. Desejei vê-lo e saber o que havia nele que provocara tamanho desentendimento. A festa tinha terminado. Observei as pessoas entrarem nos carros e irem embora sem notar o objeto, no chão, há alguns metros de onde estavam reunidos. Desejei que eles não o vissem. Queria vê-lo eu mesmo. Alguns minutos depois, a dona da casa fechava as portas, enquanto eu olhava para os lados, apreensivo, com vontade de ir até o celular no chão, mas com medo que o misterioso motoqueiro voltasse e me flagrasse mexendo nele. A mulher da casa fechava as portas, olhando para os lados, apreensiva, com medo de mim. Desejei que ela também não visse o celular no chão. Comecei a desejar ainda mais aquele objeto. Quis que ele fosse meu. Talvez pelo meu próprio aparelho ser exageradamente ultrapassado ou pelo calor daquela aventura, ou pelos dois. A mulher foi embora. Comecei a planejar como faria para pegar o celular sem chamar a atenção, mesmo não vendo ninguém se aproximar. Me senti clandestino, ilegal, aproveitador barato. Me achei um idiota, inconsequente, um louco na madrugada, um cronista, dentro da própria crônica, cheia de suspense e mistério... Foi quando ouvi uma música tocar. Era um brega. “É o celular tocando. Só pode ser”, pensei, eu, com surpresa. Fiquei indeciso. Uma parte de mim desejava ir até lá, pegar o celular e desligá-lo. Achei isso desleal e repreendi a mim mesmo por cogitar ato tão mesquinho. Outra parte de mim desejava pegar o celular e atender a ligação. Essa parte foi a mais refutada pelas outras, por sua ideia ter sido julgada a mais idiota. E ainda outra parte de mim desejou correr dali o mais rápido possível, pois se o aparelho tocava é porque alguém podia estar a procurá-lo... e podia ser o estranho motoqueiro. Essa era a ideia mais aceita por todas as partes. Enquanto descobria o que fazer, vi um grupo de quatro pessoas vindo pelo calçada que pela direção que seguiam passariam exatamente no lugar onde o objeto se encontrava. Os observei com olhos compenetrados e torci pra que ninguém visse o que eu tanto queria. Não ouvia mais música alguma. O grupo passou e ninguém sequer olhou para baixo. Criei coragem, por fim, e me levantei de onde estava, seguindo em direção ao lugar onde encontraria o objeto do meu desejo, o santo graal da minha aventura, o pássaro de fogo da minha fábula. Andei com passos leves, como quem não quer nada, atravessei a rua e segui pela calçada... Olhei para os lados mais uma vez, antes de olhar para o chão. Aquele momento tão esperado chegara. Nem cheguei a me abaixar... era um relógio quebrado!... E embora ninguém me assistisse, senti vergonha de mim mesmo – e da minha imaginação de cronista - e segui em frente, disfarçadamente, para outra parada, como se nada tivesse acontecido. Estava muito monótona aquela parada mesmo...</div>
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Danillo Melo</div>
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09/06/2014</div>
Danillo Melohttp://www.blogger.com/profile/14997306452680900407noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-4399574491470516522014-09-08T17:49:00.002-07:002014-09-08T17:49:58.930-07:00Nunca fui militante<div style="text-align: justify;">
Quando eu era criança, havia dois momentos atípicos no dia a dia da sociedade que muito me chamavam a atenção e até hoje se mantem bem vivos em minha memória. Eram o carnaval e as eleições. O primeiro, era uma festa, o segundo, era quase o primeiro. Eram muitas as semelhanças. Ambos carregavam multidões. Levavam pessoas de um lado para o outro. Os dois eram recheados de músicas, pessoas públicas, lixo e poluição visual e sonora. Do carnaval, trago até hoje, em sua maioria, lembranças doces, que coincidem com a minha descoberta da música pernambucana e com a descoberta de mim mesmo, enquanto músico. Das disputas eleitorais, trago lembranças de bandeiras, as mais diversas, se erguendo como o estandarte do Bloco das Flores, no Recife Antigo, endossadas, porém, nesse caso, por gritos de guerra, sons de caixas, músicas de candidatos e um mar (quase que literalmente, um mar) de panfletos... Do carnaval, trago uma paixão comedida, mas sempre presente, que praticamente não me deixa um ano sem prestigiá-lo. Da "festa da democracia", como a chamam por aí, trago uma nuvem negra que teima ( e vem teimando há algum tempo) em não cessar de derramar chuvas de descrença e de desesperança à respeito de tudo que "rola" nessa festa. Fosse esse turbilhão de informações e sons e imagens mais eficaz, eu poderia ser, hoje, um militante da causa de algum partido político sei lá de onde, que acredita em sei lá o quê, no entanto, não sou, nem nunca fui. Nunca fui militante. Nem pretendo ser. Todavia não serei radical ao ponto de dizer que nunca o serei. Como canta Gal Costa: "talvez quem sabe um dia..." No dia em que a militância for menos cega, mais razão, menos mercenária, mais ideologia ... talvez nesse dia... quando partidos deixarem de ser defendidos como se fossem organizações religiosas ou clubes de futebol... quando esquerda, direita e centro não se traduzirem na mesma coisa... aí eu milito... visto a camisa como um abadá e corro atrás do trio, do quarteto ou seja lá qual for a coligação honesta que se estabeleça... torço, grito, choro e ponho a mão na cabeça quando a meta for a luta em vez de só o discurso.... oro e peço ajuda quando os desafios parecerem intransponíveis mas ninguém desistir de enfrentá-los... ergo a voz e o estandarte quando a honestidade for a bandeira e luto quando o Brasil for o bloco e o bem geral for a causa... milito ,sim... quando for pra tomar partido do povo, pois esse é o meu partido... é essa minha militância... por uma sociedade mais igual e menos segregadora, por uma nação mais rica e mais pacífica. Pois eu sou militante... Sempre fui militante! E você? Não é?</div>
Danillo Melohttp://www.blogger.com/profile/14997306452680900407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-74615367597429227472014-09-04T08:17:00.000-07:002014-09-04T08:17:07.795-07:00Cale a boca do pastor e nada nos faltará.<div class="MsoNormal">
Numa terra nem um pouco distante. Em 1958. Nascera uma criança com
uma anomalia genética no mínimo inusitada. Nascera com o ânus no lugar da boca.
Isso. O cu no lugar da boca. E, por incrível que pareça, isso nunca fora um
problema para aquela criança. Muito pelo contrário. O rapazote criou orgulho do
cu que ostentava no rosto. E, na verdade, isso virou sua marca.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O tempo passou. Estudou Psicologia. Formou-se. Ambicioso,
como somos. Viu na boca-cu a maior
jogada de marketing de sua vida. Fez da boca-cu a sua obra. Abriu uma igreja.
Ganhou seguidores. Muitos. Virou um dos maiores empreendedores da fé. Nessa
terra tão distante. Queria mais. Fez um programa de TV. Ganhou ainda mais
seguidores. E ficou famoso nacionalmente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Pois é, caros amigos. Nosso querido rapazote virou homem
grande. Pastor. Dono de um império religioso. Tem o poder de mudar o programa
de governo de uma candidata a presidência. Virou um homem de sucesso. Graças a
Deus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Hoje. Continua falando merda. Formando opiniões de merda. E
cagando pros seus seguidores aplaudirem. <o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Não é, Malafaia?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
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<div class="MsoNormal">
- Gleison Nascimento-</div>
Gleison Nascimentohttp://www.blogger.com/profile/11668982899069234900noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-68228096373630007802013-12-13T19:39:00.001-08:002013-12-13T19:39:49.097-08:00Que se danem as formiguinhas<div style="text-align: justify;">
Cheguei do futebol, madrugada adentro e dei uma olhada despretensiosa no facebook. Cliquei no primeiro link que realmente me chamou a atenção. Era uma matéria curiosa, de um site qualquer, que trazia um vídeo inusitado de uma experiência inusitada: jogaram alumínio líquido dentro de um formigueiro. O resultado foi uma peça bela e interessante, que sugeria uma obra de arte, criada pela tão conhecida engenhosidade das formigas. Desci um pouco mais naquela página e comecei a ler os comentários que ali existiam ao mesmo tempo que organizava minhas próprias observações acerca da tal experiência. O que se seguiu após essa outra despretensiosa consulta foi uma embate interno entre as várias opiniões postadas ali e as minhas, postadas aqui, nessa mente fértil de cronista. Enquanto lia e refletia sobre o que lia, parecia curtir e "descurtir", aplaudir e vaiar, internamente, cada comentário exibido ali, como se minha opinião sobre o assunto estivesse sendo moldada, tal qual o alumínio nos vãos e "desvãos" do formigueiro. Inicialmente, pensei, com ironia: "Quem foi o indivíduo que teve a brilhante ideia de jogar alumínio líquido dentro de um formigueiro?" Segundos depois pensei nas formigas. Confesso que senti pena. Coitadas! Morreram à serviço do que muitos, provavelmente, chamaram arte. À serviço não! Foram mortas de forma cruel e arbitrária. Li comentários exaltados e recheados de insultos que condenavam veementemente os que haviam se interessado pela experiência, como se estes fossem nazistas a matar inocentes e a fazer com eles experimentos científicos que seriam justificados pelo bem que trariam a humanidade. Senti vergonha de ter demorado tantos segundos até pensar nas formiguinhas. Mas achei um exagero tamanha revolta. Havia comentários filosóficos que falavam das formigas como seres vivos e merecedores de respeito e dos humanos como seres vivos e cheios de desrespeito e de futilidades. Havia piadas e palavrões. Não me contive e ri do exagero destes e do humor negro daquelas. Mas o comentário que mais me chamou a atenção dizia exatamente assim: " Ter dó da formiga que está no quintal dos outros é fácil!". Pensei no meu quintal. E nas formigas dele. Pensei o quanto seria interessante acabar com um formigueiro indesejável que houvesse nele e, além disso, levar para casa uma peça, no mínimo, interessante, para adornar a sala. Pensei nas formigas que fazem fila indiana pelo quarto, pela cozinha, pelo banheiro e que se metem dentro dos potes de açúcar e vão parar no suco do almoço. Por alguns instantes as quis mortas. Concordei com o comentário citado acima e também com alguns outros que comportavam tal ideia ou pensamento... É moda ter ideologia no Brasil dos protestos. Ter o que dizer ou opinar sobre tudo, com clareza, firmeza e destemor. A dúvida, a incerteza ou a ignorância, ainda que efêmeras, são condenáveis. Mas nem tudo é o que parece ser e nem todos tem o que parecem ter. Pois por que, então, o poeta cantaria: "Ideologia, eu quero uma pra viver!" ? Vá em frente, caro leitor, e chame a isso do que quiser: falsa moral, hipocrisia ou qualquer outra coisa do tipo... eu chamo de pseudo-ideologia. É tudo falso, camuflado, egocêntrico, político. É ser corrupto e corruptível, mesquinho e patético. Aqui, no país sede da pseudo-ideologia, é muito "alumínio" pra pouca "formiga". E não surge, disso, obra de arte alguma... Saí daquela página com medo de ser pseudo-ideológico e contraditório, mas ao mesmo tempo feliz por não "ter aquela velha opinião formada sobre tudo". Discordei de ambos os grupos, individualmente. Dos que aprovaram e dos que desaprovaram a experiência. Mas concordei com ambos. Descobri que a ideologia é coisa muito complexa para a minha humilde crônica filosófica ou minha efêmera experiência epifânica. Ela não é coisa banal, que se compra numa esquina, se proclama em outra e se vende numa terceira. Vai mais além... Ela ultrapassa a medida das formigas e as fronteiras do formigueiro...<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht8L8aNIJH452Fp1I60ksbq1H_TkIdLwDAYKmLO2MVjSBaMDi3hbtXhqEVfH11f3N4VbiwAQsWBejKkwxEOpfr-_M15pbeNF2wuolDe-PSgRlZT4dhR2Sz3SkbNzG5aBhcDZyTKjrnarE/s1600/Formigueiro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht8L8aNIJH452Fp1I60ksbq1H_TkIdLwDAYKmLO2MVjSBaMDi3hbtXhqEVfH11f3N4VbiwAQsWBejKkwxEOpfr-_M15pbeNF2wuolDe-PSgRlZT4dhR2Sz3SkbNzG5aBhcDZyTKjrnarE/s1600/Formigueiro.jpg" height="219" width="320" /></a></div>
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-Danillo Melo-<br />
13/12/2013<br />
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Danillo Melohttp://www.blogger.com/profile/14997306452680900407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-9560651873797724322013-10-15T16:18:00.000-07:002013-10-15T16:18:11.874-07:00Uma crônica na esquina<div style="text-align: justify;">
Eram quase três da madrugada. Estávamos eu e o poeta Gleison Nascimento discutindo as coisas da vida, como dois filósofos. A rua estava um breu. Um possível observador da madrugada notaria, com provável curiosidade, que dois poetas pequenos - embora se vissem grandes - conversavam, noite adentro, como se estivessem batendo um papo, numa calma tarde de verão. Somente os guardas noturnos, que circulavam com frequência sobre suas motos, quebravam a calmaria reinante. Essas conversas, o leitor conhece bem, porque já foram mencionadas em crônicas anteriores. Vão do impiedoso capitalismo ao tão comentado preconceito sexual e dos problemas de relacionamento afetivo aos de criação literária. Esses e tantos outros assuntos são temas de conversas que varam a madrugada, acompanhadas por um silêncio pacificador, que não se vê em outros momentos num bairro do subúrbio do Recife, e por dois copos descartáveis e um refrigerante de dois litros. Se poetas fazem coisa mais produtiva na madrugada, nós não sabemos. Aquela parece ser a nossa maneira mais comum de sermos poetas. Já tínhamos tomado todo o refrigerante e mudado de calçada. Estávamos de pé e já tínhamos falado sobre os protestos no Brasil e no namoro. Já tínhamos conversado sobre nossos projetos literários e nossa falta de inspiração. Foi aí que avistamos um gênero literário... na esquina... Era um homem velho, nos seus quase oitenta anos, andando de lá para cá, batendo com sua bengala no chão, como se marcasse seus passos. Vinha de alguma lugar, parava na esquina e passava vários segundos ali, distante, com a mão na testa, como se observasse a avenida, ao longe, ou o horizonte, mais longe ainda, ou como se visse ou esperasse alguém. Depois disso, voltava para o lugar de onde viera e pouco tempo depois recomeçava o ciclo. Nunca mudava a sua cadência. Era como um balé, executado com paciência, atenção e maestria. Comentamos sobre tudo aquilo, rapidamente, mas logo voltamos a nos concentrar em nossa conversa. Porém cada vez que o ciclo se repetia, ficávamos mais curiosos em nossas tentativas de explicar o que se sucedia. Analisamos a cena mais cuidadosamente: o chapéu, o casaco, a bengala, a barba, os passos, a espera, a esquina... Comentamos, ponderamos um pouco, depois sorrimos. Ficamos curiosos, depois eufóricos e entusiasmados. Começamos a divagar, em voz alta, com rapidez e insistência, com uma alegria e uma imaginação de criança e de poeta. A madrugada mostrara seu encanto. Nossa mente literária transformou aquele velho solitário num personagem. O cenário era perfeito e emblemático: a esquina. O tempo era mágico: a madrugada. E os fatos eram misteriosos. Imaginamos muito e tudo. Que aquele velho estava ali porque era um sonâmbulo. Porque era louco e tinha se perdido. Porque gostava de ficar só durante a madrugada contemplando o nada. Porque procurava sentido para uma vida que um dia já teve algum. Porque esperava por alguém que já tinha partido e de quem sentia saudades. Porque era uma entidade guardando a encruzilhada. Porque era um espírito vagando pela madrugada. Ou porque esperava, num encontro marcado, pela morte. Nossa imaginação nos levou tão longe e nos sentimos tão honrados e excitados por sermos parte daquilo que decidimos correr até a esquina e desvendar o mistério que, juntos, presenciávamos. Quando o velho deixou a esquina, deu as costas e começou a andar, lentamente, do modo que fizera desde o começo, nós corremos para a outra esquina, a esquina de nossa rua, a fim de saber para onde ele iria. Durante os poucos metros percorridos conversamos que nossa presença poderia intimidá-lo e tolher suas ações. Imaginamos o que faríamos se dobrássemos a esquina e descobríssemos que não havia homem algum na direção para onde o tínhamos visto partir. Chegamos a achar que nossa presença quebraria o encanto do que realmente deveria acontecer, mas nossa curiosidade era maior do que a possibilidade de nunca desvendarmos tal mistério. Quando chegamos na esquina, vimos o velho de pé, a poucos metros de onde saíra, repetindo os mesmo gestos que o tínhamos visto fazer repetidas vezes. Ficamos em silêncio e esperamos, ansiosos, pelo desenrolar dos fatos. O velho se virou, parecendo não se incomodar com nossa presença, e rapidamente entrou num beco escuro que ficava ao lado de um primeiro andar, com ar de abandonado, que existia a duas casa da esquina... "É o seu Zé, poeta!" - disse-me o poeta Gleison Nascimento. "Que Seu Zé?" - indaguei. "Aquele que vende algumas frutas na frente desse primeiro andar, aí, na avenida..." - respondeu ele. Em um segundo reconheci o velho que tanto havia nos fascinado naquela madrugada. Voltamos para casa um pouco decepcionados pelo resultado de nossa aventura, mas nem tanto, pois de literatos, que somos, ficamos entusiasmados em contar as nossas próprias versões do desenrolar daquela intrigante história... Tempos depois, o poeta Gleison Nascimento me apresentou um conto belíssimo, intitulado "À espera de Rosália" ( leiam, por favor). Saímos de lá felizes. Não foi um velho que vimos naquela esquina, nem um gênero literário, mas dois. Ele, o poeta, encontrou um conto. Eu, uma crônica... na esquina...Ei-la.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
-Danillo Melo-</div>
<div style="text-align: justify;">
15/10/2013</div>
Danillo Melohttp://www.blogger.com/profile/14997306452680900407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-17696838350051022002013-06-06T11:26:00.000-07:002013-06-06T12:53:22.705-07:00O amor é uma droga<br />
<div style="text-align: justify;">
Começa sempre assim: primeiro, a mera curiosidade, segundo, o interesse genuíno e inocente, terceiro, a atração. Depois todo mundo prova e aprova e desaprova e aprova... Nem adianta se opor. Ninguém consegue se impor. É como um fator biológico, uma necessidade latente, depois pungente, depois explícita. É como um bálsamo que perfuma esse viver, tantas vezes, vazio e melancólico. Perfuma, porque corta. Corta para que perfume. Quem nunca usou, vai usar. Quem diz que não quer, está mentindo. Quem se proclama livre, é ingênuo ou mentiroso. Quem é livre, não é humano ou não existe. O amor é uma droga. De repente, dentro de si, as coisas começam a mudar e fora de si, lá fora, tudo começa a ficar multicor, musical e vivo, como nunca antes havia sido. Aí agente se entrega, se embebeda, se entorpece. Os amigos,uns riem. Outros, usam conosco. E ainda outros, nos aconselhem a largar. Mas nós nos afogamos, sem medo, sem medida, e muitas vezes, sem sentido...só sentindo. Aí agente se perde e se acha nunca tão encontrado na vida. Mas quando o efeito acaba, agente se acaba e se perde, novamente, e se desespera e sofre...de abstinência, de vergonha, de frustração, de dor...de cabeça, no peito, na consciência. E prometemos não usar nunca mais. Então colecionamos tentativas frustradas de viver sem ele ou de esquecê-lo, até descobrirmos que sem ele não se vive e que dele não se esquece. É quando entendemos que o amor nos permite conhecer a nós mesmos e descobrir quem somos. Porque amar é altruísta em seus meios, mas egoísta em seus fins. É a condição mínima, o desejo manifesto de se deixar levar. Nós amamos, porque nos amamos. Porque amar é o efeito de ser amado. É o nirvana, a transcendentalidade, o êxtase. O outro é o instrumento com o qual nos drogamos. É a garrafa, a bituca, a seringa. Sem o outro não poderíamos desfrutar da demonstração mais sublime do amor próprio. Sem nós, o outro não poderia fazer o mesmo. E quando descobrimos que o muito amar, muito nos fará ser amado, nós amamos mais e mais e mais...como se o instrumento que carrega a nossa droga, em vez de uma garrafa, fosse uma fonte que nunca seca. Mas se um dia seca, leva embora consigo tudo com o que havia nos drogado, deixando-nos tão a sós que não nos achamos no infinito vazio. Aí nós rimos de uns amigos, amparamos alguns outros e aconselhamos ainda outros a largar tudo. Mas quando nós olhamos tudo ao nosso redor e não ouvimos as músicas, nem vemos as cores, nós nos damos conta de que o amor tem gosto de vida e que prender-se a ele é como estar preso à liberdade. É como se cada célula do nosso corpo tivesse sido criada pra isso e isso fosse a droga e o sangue que injetamos em nossas veias para tornarmo-nos verdadeiramente seres (humanos) e notadamente vivos... Então nós largamos tudo, mais uma vez, e saímos correndo, nunca prontos, mas sempre...sempre dispostos a amar novamente...</div>
<br />
-Danillo Melo-<br />
06/06/2013<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Danillo Melohttp://www.blogger.com/profile/14997306452680900407noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-23392704211927106792013-03-20T07:38:00.001-07:002013-03-20T07:38:30.713-07:00"É tiro e queda"<div style="text-align: justify;">
Abri a porta da sala.Tudo estava normal, exceto pela minha mãe e minha irmã, quase grudadas na porta, me esperando. Estranhei os olhares acusadores e as testas enrugadas. Pensei que a coisa ia ficar feia. E ficou. Colocaram as mãos pra trás e falaram baixo, quase sussurrando. Contaram que sabiam que eu estava fazendo "isso" e "aquilo" no meio da rua, que nem adiantava tentar mentir. Fui interrogado, acusado e sentenciado. Pensei que estava perdido. Morri de medo. Eu ia dar continuidade ao meu desespero quando elas olharam pra mim com um sorriso no rosto e perguntaram, quase em uníssono: "Passou, meu filho?"..."Passou o quê?", retruquei sem entender. " O soluço...", responderam elas...</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Minha mãe sempre diz que "bom pra soluço é tomar susto" (o soluço deve ter gostado). "É tiro e queda". Quando fiquei mais velho, por algum motivo desconhecido para mim, a instrução e a técnica para esse problema mudaram: "Pegue um copo, coloque dois dedinhos d´água, fique de costas pra janela, beba um gole e jogue o resto pra trás... 'é mermo que queijo' " diz ela. E sempre funcionou. Essas coisas sempre funcionam. O leitor vai dizer que é psicológico. E talvez seja, mas elas sempre funcionam. Também tem a técnica da linha: Pegue um pedaço de linha de um tecido qualquer, faça um pequeno caracol com ela, ponha um pouco de saliva e cole no centro da testa que o soluço passa... A vida moderna não conseguiu deixar tudo pra trás. Tem coisas que atravessam o tempo. Existem ditados, costumes e superstições que estão arraigados no consciente e no inconsciente do nosso povo, que são traços distintivos da nossa cultura, da nossa identidade... Assobiar de noite chama cobra. Criança que brinca com fogo, mija na cama. Desgraça é nome feio. Não se fala dentro de casa pra não chamar coisa ruim. Se a coruja passar "cortando" é porque alguém vai morrer. Quem pega no pé do morto não sonha com ele. Ninguém, nem mesmo os que não são supersticiosos, deixa a sandália virada de cabeça pra baixo. É só pra garantir que a mãe estará bem. "Boa Ave-Maria faz, sua casa está em paz" (ainda estou tentando entender essa!). Tá com um "galo" na cabeça? Pegue a peixeira e pressione a parte lateral dela sobre o "galo" que ele desaparece. Falar maldade não pode, senão "os anjos maus dizem amém". E vamos deixar de conversar "miolo de pote", porque " tudo de mais é muito e tudo de muito é veneno". O que é interessante é que não há recurso científico capaz de arrancar tais "verdades", instaladas, há tanto tempo, nas mentes de tantos homens e mulheres... Quando for dormir, não faça como eu, não entrelace as mãos como um defunto, senão terá pesadelos. Ao varrer a casa, o faça na direção da porta, colocando as coisas ruins para fora. Se você, querido leitor, não atende quando chamam seu nome é porque você está fazendo "ouvido de mercador". Se você não consegue se concentrar e ler está crônica, deve estar pensando na "morte da bezerra". Perdeu "o fio da meada"? Peça a São Longuinho para o achar e por favor, prometa a ele que dará três pulinhos quando o tiver encontrado... Minha mãe sempre dizia que os espinhos do mandacaru deixam a pessoa aleijada. Temos um no jardim, perto do muro. Estava pintando a casa, no final do ano passado, quando bati, com força, alguns dos meus dedos nos espinhos. Doeu muito. Eles ficaram inchados. Me preparei para perder os movimentos dos dedos. Fiquei preocupado. Não sabia que cria tanto naquilo. Meus dedos estão bem. Ainda tenho o privilégio de usá-los para escrever... Minha mãe é categórica em tudo o que faz e diz. Ela é "pau pra comer sabão e pau pra saber que sabão não se come". Melhor acreditar nela. Só porque ela errou no caso dos espinhos não significa que irá errar em todas as outras coisas, não é?! ... Há muito dias atrás, na faculdade, aprendi mais uma técnica para passar o soluço. "Você pega a pessoa distraída e mete a colher de pau na cabeça dela! É tiro e queda". Meu amigo, Thiago, me ensinou uma técnica que talvez minha mãe não saiba. A lista é infindável. Se o leitor nunca ouviu nenhuma dessas, converse com alguém mais velho por poucos minutos e aprenderá mais disso. Se leu esta crônica sem pular nenhum parágrafo, atento a cada pormenor de tudo o que foi citado, terá um campo vasto de coisas a serem apreciadas, questionadas e estudadas...pode confiar, "é tiro e queda".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
-Danillo Melo-</div>
<div style="text-align: justify;">
20/03/2013</div>
</div>
Danillo Melohttp://www.blogger.com/profile/14997306452680900407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-5191119449547011542013-02-19T11:33:00.000-08:002013-02-19T11:33:23.750-08:00Escritor trabalha assim...<br />
<div style="text-align: justify;">
Foi numa conversa de bar, ou melhor, de lanchonete. Estávamos eu e o poeta Gleison Nascimento tomando refrigerante e conversando sobre literatura. Escritor trabalha assim, sem carteira assinada, sem bater ponto, sem chefe e muitas vezes sem ambiente de trabalho. Era sobre isso que conversávamos. Estar ali, tomando refrigerante, era trabalho. Porque escritor é assim: ele observa e vive ou vive e observa e depois escreve. Por isso, muito do que se escreve começa longe do papel e da caneta ou do notebook. Fiquei feliz e orgulhoso. Sempre quis trabalhar assim, tomando refrigerante e conversando com um velho amigo. Mas hoje foi diferente. Vou contar-lhes como...</div>
<div style="text-align: justify;">
Larguei do trabalho muito mais cedo que de costume. Era pouco mais de uma hora da tarde e eu tinha acabado de almoçar. Ia andar muitos metros até o terminal do ônibus Engenho do Meio, então decidi ficar ali mesmo, na frente do prédio onde eu estava, no terminal do ônibus Cidade Universitária. Atravessei a rua e vi que o ônibus estava se preparando para sair. Na calçada, havia uma mulher, em pé, um tanto quanto ansiosa e duas moças, sentadas, conversando despreocupadamente. Eu me sentia o mais feliz de todos. Ia chegar em casa dentro de mais ou menos uns 15 minutos e retomar, com prazer, um conto inacabado. Chegou a hora do ônibus partir. Eu e a mulher subimos e as duas moças, que ainda conversavam tranquilamente, nem se moveram. O ônibus partiu sem elas e eu me perguntava, então, o que elas faziam ali... Sentei feliz e despreocupado. O ônibus seguia o seu trajeto de sempre e eu só pensava no conto. De repente, o veículo entrou numa rua diferente. Fiquei surpreso. Me perguntei por que a motorista queria cortar caminho. Segundos depois, entramos num outra rua, e essa era muito oposta ao caminho original para se tratar de um atalho. Fiquei decepcionado. Pensei ter pego o ônibus errado e tinha. Senti vontade de me levantar e ir até a cobradora com aquela cara de bobo perguntar que ônibus era aquele. Deduzi sozinho qual era o ônibus e permaneci sentado, só para evitar ser bobo para mais alguém, além de mim mesmo. Eu sabia onde eu estava, mas não sabia o trajeto que aquela linha faria. Enquanto o ônibus se movia, eu imaginava qual o lugar que eu desceria e que seria o mais perto possível de casa, para pegar um outro ônibus ou até mesmo ir andando. Estava a imaginar o terceiro ou quarto lugar diferente para descer quando o ônibus se afastou mais ainda de qualquer lugar que eu imaginara. Fiquei frustrado. Não fiz nada. Minha apatia externa não revelava nada da minha inquietação interna. Mentalmente, eu estava correndo de um lado para o outro. Fiquei chateado. Foi quando tudo mudou... Eu estava vivendo uma crônica! Uma crônica pronta! Levantei e fui até a cobradora. Perguntei para onde o ônibus iria e ela respondeu: "San Martin". Eu estava indo para bem longe do meu objetivo. Com certeza fiz cara de mais bobo. Ela me olhou e perguntou onde eu queria ir. Era demais pra mim ver a supresa dela quando eu desse a minha resposta. Não respondi nada. Ela me advertiu que eu deveria descer naquele momento, antes que o ônibus entrasse na avenida que o deixaria ainda mais longe do meu destino. Com pouca simpatia, ela puxou a cordinha usada para pedir parada e me disse: "você vai descer ou não?" Eu me dirigi até a porta e desci. Desci sorrindo, com cara de bobo e de cronista. Eu estava na Avenida Abdias de Carvalho. Sabia bem onde estava. E sabia que era longe de casa. Comprei uma água e andei alguns quilômetros até a Avenida Caxangá, debaixo do sol forte, pra pegar o coletivo certo. Lembrei-me das moças que conversavam com tranquilidade no terminal. Acho que elas estavam esperando Cidade Universitária, o ônibus no qual eu deveria ter subido. Sorri quando pensei nisso. E fiquei aliviado por ter pego o ônibus errado e a ideia certa. Talvez eu poderia ter descido não tão longe de casa, mas meu sacrifício involuntário e em prol da literatura, tinha valido a pena. Passei o caminho de volta para casa vivendo cada pedaço da minha crônica como seu eu fosse um deus. Senhor de cada estrutura linguística dela. Saboreando cada detalhe escrito pela minha pena imaginária e vivido, simultaneamente, por meu corpo fatigado. Cheguei em casa cansado e suado, porém feliz, louco pra gozar do penoso e prazeroso ofício de escrever. Cheguei com a crônica da semana pronta, esperando, no mundo das ideias, com ansiedade, a hora de virar texto... Entendi que é assim que um escritor trabalha... Sendo um pouco bobo também. Me senti bobo, mas escritor. Me senti meio bobo, mas todo escritor. E fiquei orgulhoso, muito orgulhoso... Mas quando vocês, queridos leitores, lembrarem-se de mim, lembrem-se mais do escritor que do bobo, porque o bobo, de escritor, tem tudo e o escritor, de bobo, não tem nada...</div>
<br />
-Danillo Melo-<br />
19/02/2013<br />
Danillo Melohttp://www.blogger.com/profile/14997306452680900407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-42409702939864751662013-01-21T13:01:00.000-08:002013-01-21T13:02:01.618-08:00Agressão aos animais<br />
<div class="MsoNormal">
Ele estava lá, sentado na escuridão das calçadas na saída de
um beco que dá na rua da alfândega, ao lado do estacionamento da livraria
cultura. Eu vinha caminhando da rua da moeda, me dirigindo ao cais de santa
Rita onde eu pegaria o ônibus para voltar à minha casa onde um delicioso misto
quente com pão dormido me esperava. </div>
<div class="MsoNormal">
Entrei justamente no beco onde o delinquente estava sentado.
Agora era eu em uma extremidade do beco caminhando à outra extremidade, onde
ele estava. Bastou entrar no beco e o marginal começou latir. Pensei que era
apenas para aparecer, afinal de contas cão que ladra não morde, não é?
Caminhando passei por ele que agora rosnava como a Polícia Militar em protestos
da classe estudantil.</div>
<div class="MsoNormal">
Eu já estava atravessando a rua da alfândega quando se deu a
cena de agressão a um animal. Eu caminhava sem olhar para trás por não ter me
importado tanto com as ameaças no beco, olhava mesmo era se tinha alguém
suspeito na ponte por onde eu teria de passar para chegar ao cais. Não se pode
vacilar nas ruas do recife à 01:20H da manhã. Eu ouvi os latido ficarem cada
vez mais perto e nem, sequer, suspeitei que ali seria a cena de um crime.</div>
<div class="MsoNormal">
Os latidos iam aumentando de volume. O animal parecia mais
perto. Um crime estava para acontecer e eu não tinha noção do perigo que estava
correndo. Ouvi, de repente, os latidos pararem e senti uma fisgada no pé
esquerdo. O cachorro me mordera, saíra correndo como um covarde e ficara no
outro lado da rua, ainda latindo em minha direção. A raiva veio à cabeça. Como
se agride alguém assim, sem motivos? E os direitos que me cabem, onde ficam?
Acho que ele nunca ouviu falar de direitos humanos... Depois os ativistas da ‘Dogs
Liberation Front’ dizem que somos nós, humanos, os animais. Não compreendo!<br />
<br />
-Gleison Nascimento-<br />
21/01/2013</div>
Gleison Nascimentohttp://www.blogger.com/profile/11668982899069234900noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-50933538295234648222013-01-16T19:41:00.000-08:002013-01-16T19:41:29.845-08:00Em cima do muro<div style="text-align: justify;">
Rua humilde. Casas humildes. Silêncio. Um ou dois moradores, ao longe, indiferentes a quase tudo. Ele e os garotos trajavam roupas simples, do tipo " as primeiras que encontrei no guarda-roupas". Os garotos tinham entre 8 e 10 anos. Ele, mais de 20. Era negro. Pequeno. Cabelo desarrumado. Parecia um adolescente. Tinham uma escada. Era uma escada de madeira, comprida, daquelas feitas em casa mesmo. Ele olhou para um lado e para o outro, desconfiado. Tirou as sandálias, levantou a escada e a encostou no muro. Era um muro recém-erguido. Cheirava ainda a cimento. Sentou-se no muro e olhou ao redor, mais desconfiado que antes. Os garotos assistiam tudo. Do outro lado era assim: um quintal e três casas. A primeira delas, ficava do lado direito do portão. Tinha um outro muro recém-erguido perpendicularmente ao principal. As outras casas ficavam mais longe, para dentro da propriedade. Aparentemente, não havia ninguém em nehuma delas. "Nem pessoas, nem cachorro", pensara ele. Agora vinha a parte mais difícil: passar a escada pro outro lado. Começou a puxar, com um razoável esforço, a escada para si. Era uma manobra perigosa e difícil. Fazia barulho. Chamava a atenção. Sentiu medo e vergonha. Olhava para todos lados, assustado. Para as pessoas que o viam, ao longe, fazia cara de abestalhado. A escada raspou no muro, na telha e no corpo. Fazia barulho. Conseguiu colocar a escada do outro lado, dentro do quintal, encostada no muro. Começou a mexer com certa ansiedade na posição da escada. Estava incomodado. A escada caiu. Na rua, assistindo tudo, estavam os dois garotos que o acompanhavam e mais uns três ou quatro de menor idade que tinham se aproximado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
" Ei, fera, pega a bola aí em cima..." - disse um deles.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Bola?!..Num tem bola nenhuma aqui em cima, não" - respondeu, olhando para o telhado da casa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando se voltava para continuar a luta com a escada foi pego no flagra. Ficou amedrontado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Ei! Num suba aí, nao! Desça daí, vá!"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um vasculhante se abrira. Era uma mulher. Ele ficou em cima do muro. Não sabia se mentia ou se contava a verdade, porque a verdade com certeza pareceria mentira e talvez a mentira se sairía melhor como verdade. Não mentiu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Ô, moça desculpe, viu?! É que eu sou vizinho da esposa do André e vim entregar a escada que ele tinha emprestado...Aí cheguei aqui e num tinha ninguém....e essa escada é muito pesada pra voltar com ela...aí eu pensei em colocar ela aqui dentro, entendeu?!"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ela fez que sim com a cabeça.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
" A senhora avisa pra ele quando ele chegar? Tá aqui no cantinho, viu?! Desculpe..."</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aí ele desce do muro, desconcertado e de fininho, arranhado e envergonhado... com cara de mais abestalhado que antes. Porque ficar em cima do muro não é legal. Muito menos no muro alheio...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
-Danillo Melo-</div>
<div style="text-align: justify;">
16/01/2012</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />Danillo Melohttp://www.blogger.com/profile/14997306452680900407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-55443572811497675392013-01-14T07:00:00.002-08:002013-01-14T07:00:13.573-08:00Minha doença mental<br />
<div class="MsoNormal">
Venho por meio desta crônica informar aos amigos que sou
portador de uma deficiência mental cujos sintomas passaram a me incomodar há
cerca de três meses. A <i>disfunção ótica
colomemorial</i> é uma doença bastante comum em homens de qualquer idade.
Popularmente conhecida como <i>memória
daltônica</i> esta doença vem, desde que o mundo é mundo, acabando com a paz de
relacionamentos alheios.</div>
<div class="MsoNormal">
- Meu bem, lembra da roupa que eu estava quando nos
encontramos pela primeira vez?</div>
<div class="MsoNormal">
- Claro, meu bem... Não tem como esquecer aquela saia branca
que desenha, como nenhuma outra, as curvas do teu corpo, neguinha.</div>
<div class="MsoNormal">
- A saia era branca, nego.</div>
<div class="MsoNormal">
- Jura?</div>
<div class="MsoNormal">
-...</div>
<div class="MsoNormal">
- Mas era saia! (Puta merda.)</div>
<div class="MsoNormal">
-e a blusa, lembra?</div>
<div class="MsoNormal">
- Claro, neguinha, aquela tua blusa de tricô, amarela...</div>
<div class="MsoNormal">
- Era branca, Gleison. E aquilo não é tricô, é renda.</div>
<div class="MsoNormal">
- Tem certeza, nega? Juro que vi amarelo...</div>
<div class="MsoNormal">
- Devia estar olhando pra outra mulher, então... Porque a
minha blusa era branca.</div>
<div class="MsoNormal">
- Me desculpa, meu bem...</div>
<div class="MsoNormal">
Este sujeito merece
desculpas. É vitimado pela incompetência de sua mente tão pequena. Que outra
explicação, que não seja demência, se pode dar à esta incapacidade? Que explica
um sujeito não conseguir lembrar a cor da roupa da mulher que lhe faz tanto
bem? Mulher, esta, que este sujeito passa os dias e as noites a admirar...
Problemas mentais... Só pode.</div>
Gleison Nascimentohttp://www.blogger.com/profile/11668982899069234900noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-4894114350580109422013-01-12T09:30:00.002-08:002013-01-12T09:30:45.411-08:00Presente de natal.<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal">
O pequeno Antônio Carlos sentou-se ao lado do pai onde
passou a tarde inteira assistindo TV.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>
Logo ele que, elétrico, nunca assistira TV por mais de meia hora... O pai
desconfiou.</div>
<div class="MsoNormal">
- O que tu queres, Toni? Anda, desembucha!</div>
<div class="MsoNormal">
- Ééé... Papai... ééé... Promete uma coisa, antes?</div>
<div class="MsoNormal">
- Prometer?</div>
<div class="MsoNormal">
- É, papai... Prometer.</div>
<div class="MsoNormal">
- Prometer o que, filho?</div>
<div class="MsoNormal">
Com os olhos esbugalhados e a voz de sussuro, Antônio faz a
proposta.</div>
<div class="MsoNormal">
- Promete que não vai falar nada pra a mamãe?</div>
<div class="MsoNormal">
- É o que, menino? Diz logo, qual a causa de tanto segredo?</div>
<div class="MsoNormal">
- Promete?</div>
<div class="MsoNormal">
-Ai, meu Deus, Toninho. Olha lá, moleque! Tudo bem, vai...
Prometo! (Dedos cruzados)</div>
<div class="MsoNormal">
- Papai, a mamãe me falou pra que eu não pedisse presente de
natal para o senhor... Falou que o senhor entrou no emprego agora e que está
apertado, no momento. Eu juro que tentei não pedir, mas é que eu quero muito um
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Playstation3</i> e eu não sei se meus
outros papais vão ter grana...</div>
<div class="MsoNormal">
- outros papais, Toni? </div>
<div class="MsoNormal">
- Sim. Os outros papais, papai!</div>
<div class="MsoNormal">
- No plural?</div>
<div class="MsoNormal">
- Mais de um!</div>
<div class="MsoNormal">
- Mais de um?</div>
<div class="MsoNormal">
- Na verdade são dois, além do senhor.</div>
<div class="MsoNormal">
- Conversa mole, menino... Agora deu pra arranjar pai na
rua, foi?</div>
<div class="MsoNormal">
- É sério papai... um deles até conseguiu emprego para o
senhor!</div>
<div class="MsoNormal">
- Cardoso... Filho da puta. Por isso fez tanta questão de me
empregar... Canalha! Pensou alto. Quem te pôs essa idéia na cabeça, filho?</div>
<div class="MsoNormal">
- A mamãe, ué. Todo dia, antes de dormir, ela me põe pra
falar com ele.</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>As lágrimas desceram.</div>
<div class="MsoNormal">
- O que foi, papai? Fica triste, não. A mamãe sempre fala do
senhor para ele. Nunca se esquece de pedir para o senhor crescer na empresa,
para as coisas melhorarem aqui em casa. Digo isso porque escuto!</div>
<div class="MsoNormal">
- Tudo bem, filho... Você já os encontrou muitas vezes?</div>
<div class="MsoNormal">
- Na verdade eu nunca encontrei com eles, papai. Nenhum dos
dois. A mamãe diz para eu ter paciência que, quem sabe, um dia posso conhecer
algum deles.</div>
<div class="MsoNormal">
- Fale mais sobre o segundo papai, meu amor...</div>
<div class="MsoNormal">
- Ah, mal o conheço. Uma vez, por ano, a mamãe me ajuda a
escrever uma carta para ele.</div>
<div class="MsoNormal">
- E ele?</div>
<div class="MsoNormal">
-<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nunca respondeu!</div>
<div class="MsoNormal">
- Nunca?</div>
<div class="MsoNormal">
- Não. Ele me traz um presente no natal, mas nem sequer
aparece. Entrega a mamãe e ela põe ao lado da minha cama, para me fazer uma surpresa...
Todo ano a mesma coisa, mas o senhor vai me dar o Playstation ou não, papai?</div>
<div class="MsoNormal">
- Vai pro teu quarto, filhão. Conversamos sobre o videogame
outra hora. Agora o papai precisa conversar com a mamãe, ta bom?</div>
<div class="MsoNormal">
Dos momentos seguintes não se faz necessário um relato muito
extenso. O Antônio Carlos ficara em seu quarto o resto do dia e, provavelmente,
ouvira tudo o que foi gritado por seus pais, na sala. Entre gritos e lágrimas
se findara, naquele início de noite, mais um casamento e nascera mais um filho
de pais separados.</div>
<div class="MsoNormal">
Quando o pai do pequeno Antônio Carlos adentrara em seu
quarto, encontrara o filho ajoelhado aos pés da cama, de olhos fechados e
lágrimas constantes.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O menino nem,
sequer, olhou para trás quando recebera um beijo na cabeça e ouvira seu pai
dizer que estava indo embora, bater a porta e sair pelo mundo. </div>
<div class="MsoNormal">
- Papai do céu, avisa pra o papai Noel que não quero mais um
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Playstation 3</i>. Eu só quero que vocês
façam meu papai voltar pra casa... Prometo que pra o resto da vida, não peço
mais nenhum presente...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
- Gleison Nascimento-</div>
<div class="MsoNormal">
12/01/2012 </div>
Gleison Nascimentohttp://www.blogger.com/profile/11668982899069234900noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-73443958338859706992013-01-03T07:57:00.001-08:002013-01-03T07:57:13.480-08:00Caritó<br />
Quando completei 8 anos minha mãe começou a varrer meus pés. Era obvio, eu<br />
estava virando mocinha e o futuro era inevitável: crescer, casar e sair de casa. Eu ainda<br />
brincava de boneca e minha mãe já pensava nisto tudo. Filha, você jura que nunca vai<br />
me abandonar? Juro mamãe. Jura por Deus? Juro por Deus. Nem sabia direito quem<br />
era esse tal de Deus, o que ele fazia, onde ele morava e porque as pessoas tinham que<br />
jurar por ele sempre que algo era importante.<br />
O ritual era diário. Varria a sala e dizia pra eu juntar os pés que ela ia varrer para tirar a<br />
poeira. Hoje eu sei que o ritual de varrer os pés tinha outro significado. O varrer os pés<br />
era sinal de mau agouro para moças que sonhavam em casar.<br />
Certo dia decidi que não queria mais juntar meus pés. Ela enlouqueceu. Sua loucura<br />
aparente me despertou para a vida. Eu já estava com 13 anos. Dei o primeiro beijo.<br />
O primeiro de muitos. Nunca mais meus pés foram varridos. Minha mãe sim, ficou<br />
louca varrida tentando varrer os pés das crianças da rua. E eu, ah fui varrer o mundo<br />
com a vassoura do corpo. Esguia, reta como piaçava chamei a atenção dos faxineiros e<br />
diaristas dos metros.<br />
<br />
-Susana Morais-<br />
03/01/2013<br />
Gleison Nascimentohttp://www.blogger.com/profile/11668982899069234900noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-57919331881696500202012-12-29T08:23:00.000-08:002012-12-29T08:48:37.273-08:00SAC (Serviço de Atendimento do Céu)<i>Sábado, 22 de Dezembro de 2012 - 12:00hs</i><br />
<br />
<i>Telefone chamando...</i><br />
<i><br /></i>
<i>Atendente virtual: "Bom dia! Seja bem-vindo ao céu. Estamos ao céu dispor. Não deixe de conferir as nossas promoções de fim de ano para nascimento e morte no seu país... Para promoções relativas a nascimento ou morte, tecle 1. Problemas com o casamento ou os filhos, tecle 2. Doenças a serem curadas, tecle 3. Para informar pagamento de promessa, tecle 4. Se você quiser informar perda ou roubo de bençãos garantidas, favor, tecle 5. Negociação de dívidas de promessas não pagas, tecle 6. Para solicitar maldições sobre um lugar ou pessoa, tecle 7. Para perguntas sem respostas, tecle o número 8. Para retornar ao menu principal tecle 0. E tecle 9 para falar com um dos nossos atendentes..."... "Nove. A opção escolhida foi para falar com um dos nossos atendentes. Por favor, aguarde. Estamos direcionando a sua ligação para um dos nossos atendentes e informamos que esta ligação está sendo gravada.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Música de fundo: </i><br />
<i>"Meu amor, me diz o que você faria se só se restasse esse dia? Se o mundo fosse acabar, me diz, o que você faria?..."</i><br />
<i><br /></i>
<i>10 minutos depois...</i><br />
<i><br /></i>
- Isquemael, bom dia! Com quem eu falo?<br />
- Com João.<br />
- Senhor João, em que posso ajudá-lo?<br />
- Minha filha...meu filho...é...<br />
-Anjo não tem sexo, senhor.<br />
-Apois, seu anjo...dernede sexta-feria que o mundo tá pra se acabar num se acabou ainda.<br />
- Hum...entendo, senhor.<br />
- Ói...eu quero que vocês tome uma providência...<br />
-Sim, senhor...será que eu poderia confirmar alguns dados?<br />
- Pois pergunte...<br />
-Qual sua galáxia, senhor?<br />
- Ga o quê...??...eu num sei que danado é isso não, viu...e num gostei desse nome!<br />
- Senhor, sem essa informação eu não poderei prosseguir com o atendimento..<br />
-Eita...esse negócio tá na identidade é?<br />
-Não, senhor.<br />
-Eu num sei ler não, minha filha...meu filho...mas se for um número eu digo!<br />
-Não, senhor, não é um número.<br />
-Intão é o que é que é?<br />
-É a sua localização no universo.<br />
-Rapaz...eu num sei onde esse negóço se localiza não...e olhe que eu tenho 104 ano e já andei em tudo quanto é lugar nesse mundo e nunca vi esse negóço cum esse nome aí....<br />
- Senhor...eu vou ajudar você rastreando a sua galáxia em nosso sistema...Qual o nome do seu planeta?<br />
- Meu pai!! Você parece que mora em outro planeta né?! A gente num mora na terra, criatura?! Nem eu que num sei lê, sei isso!<br />
-Hum...Planeta terra. Achamos. Sua galáxia é a Via Láctea.<br />
-Pronto. Achou. Esses negócio de computador resolver tudo hoje em dia, né?!<br />
-Senhor, a terra não é do nosso setor. Vou transferir sua ligação para o setor responsável. ok?!<br />
-Passe meu anjo...passe. Já devia ter passado em vez de ficar perdendo tempo perguntado besteira!<br />
-Só um minutinho enquanto eu transfiro a ligação...<br />
<br />
<i>Música de fundo:</i><br />
<i>"Acabei com tudo. Escapei com vida..."</i><br />
<i><br /></i>
-Abimael, boa tarde! Em que posso ajudá-lo?!<br />
-Boa tarde...o seu nome é igualzinho ao do outro, é?!<br />
-Não, senhor. Eu sou o único desse prédio. Em que posso ajudá-lo?<br />
- Então, seu anjo..o mundo tava pra se acabar ontem e já é meio-dia e nada, rapaz!!<br />
-Sim. Entendo, senhor. Posso confirmar alguns dados?<br />
-Vixi Maria!! De novo!! Mas num me venha com aquele nome esquisito de novo não, por favor!<br />
-Ok, senhor.Planeta terra. O senhor poderia me dizer a idade?<br />
-104 anos...seco que nem o chão do sertão, mas novo que nem uma flor de mandacaru...<br />
-Não, senhor. Pergunto a idade do planeta.<br />
-Mai é cada uma!!A idade do planeta?! Cês tão pensano que eu sou Matusalém, é? Cento e quatro é cento e quatro num é novecentos, nao! Nunca vi o mundo nascer nem fazer aniversário pra saber quantos anos ele tem!Oxee....<br />
-Certo, senhor. Vamos tentar outros dados para conseguir fechar o preenchimento da ficha no sistema.<br />
-Vá...diga!<br />
-Esse planeta já foi destruído?<br />
-Claro! Foi uma enchente forte da gota. A senhora ou o senhor...sei lá....num viu isso na Bíblia não , foi? Tá escrito lá a história de Noé e da cheia.<br />
-Sim, senhor. Já ouvi, sim. O senhor Noé é chefe do setor de maldições e castigos, que fica aqui do lado.<br />
-Apois aproveite e diga a ela que num teve precisão de botar pernilongo, barata, cupim, carrapato, timbu. mutuca, maruim e esses bicho tudo assim no barco,não!<br />
-Senhor, desculpe interromper, mas o senhor quer a resolução dos problemas?<br />
-Resolva, resolva. Mas dernede que eu liguei que vocês só pergunta, pergunta, pergunta...<br />
-A escravidão já passou por aí?<br />
-Passou.Ainda bem que foi embora e eu espero que num volte nunca mais, porque eu sou nêgo e véio e com cento e quatro anos eu num aguento ficar levando chibatada, nao!<br />
-Muitos genocídios?<br />
-Rapaz, eu num sei quem é esse não...é de Cabrobó, é? Lá é que tem uns nome esquisito assim...Já sei, isso num é nome de gente! Então é doença...só pode ser!<br />
-Não senhor. Nenhum dos dois. Deixe-me ver...Tem acontecido muitas guerras no seu mundo?<br />
-Oxeee...o que mais tem aqui é guerra! Quebraram a TV de vocês aí, foi? Nunca ouvisse falar nos "Isteites", não? O famoso "Estadu Zunido"? É guerra pra tudo quanto é lado. É perto de um tal de Iraque, onde só tem morte também...No mundo se mata gente que nem mosquito.<br />
-Certo. Senhor, qual é o seu país?<br />
-Brasil, seu anjo.<br />
-Ok. Brasil. Já acrescentei todos os dados no sistema e vou abrir uma ordem de serviço e dentro de alguns minutos eu transfiro sua ligação para o senhor agendar uma visita técnica ao Brasil, está bem?!<br />
-Rapaz...que demora da bexiga é essa, homi?! Assim num dá, não! Depois de ficar conversando miolo de pote o dia todinho vocês ainda quer me passar pra outro anjo com o mermo nome pra começar tudo de novo??<br />
-Senhor, esse é o procedimento padrão.<br />
-Num tem esse negócio de padrão, não! Jogue logo um monte de bomba anatômica e exploda esse negócio, vá! Eu vou ter que botar vocês na justiça, é? Vou procurar um adevogado e processar vocês por calúnia, defamação e danos imorais, porque a pessoa já tá veía e fica passando por essas coisas...<br />
-Calma, senhor. Vou resolver uma etapa pro senhor, viu?! Vou abrir daqui mesmo, do meu terminal, um chamado para uma visita técnica e dentro de 24 horas dois anjos técnicos estarão visitando o seu país para descobrir qual é o problema. Informamos que, caso o problema não seja nosso, será cobrada uma taxa de visita improdutiva.<br />
- Certo...mas acabe com o mundo tudo, porque se acabar só com o Brasil é mermo que queijo, porque o povo desse mundo aqui se multiplica que nem preá!<br />
-Senhor, a destruição dos outros países depende das exigências dos nossos clientes desses respectivos países.<br />
-Tá certo.<br />
-Depois de passadas as 24 horas o senhor pode nos retornar a ligação. Lembramos que os anjos técnicos são invisíveis e a presença deles não será notada durante a visita.<br />
-Poxa...e eu doido pra saber se eles tem cara de homem ou de mulher...<br />
-O CÉU agradece a sua ligação...Tenha uma boa tarde!<br />
<br />
<i>Dia 24 de Dezembro de 2012 - 08:00hs</i><br />
<i><br /></i>
<i>Ligação...Atendente virtual...menu de opções...espera...música de fundo..atendente 1...averiguação de dados...atendente 2...</i><br />
<br />
-Cacanael, bom dia!<br />
-Meu amigo, diga logo se o mundo vai se acabar ou não, porque já faz é tempo que eu tô esperando aqui e nada. Tô quase morrendo primeiro.<br />
- Um momento, senhor. Vou ler, processar e conferir todos os dados passados pelo atendente anterior...Só mais um minuto...Mais um minutinho, por favor...Só mais alguns minutos para atualização do sistema... Aguarde mais alguns segundos , por favor...<br />
<i><br /></i>
<i>(Telefone Mudo)</i><br />
<i><br /></i>
<i>Música de fundo:</i><br />
<i>"E agora ouvi você dizer: acabou ô ô ô ô, acabou...acabou ô ô ô ô, acabouôoo..."</i><br />
<i><br /></i>
-Senhor?!<br />
-Diga!<br />
-O seu mundo realmente preenche todos os requisitos para ser exterminado e constatamos na visita técnica que ele já se acabou.<br />
-Acabou como, criatura, se eu tô vivinho da Silva aqui?!<br />
-Senhor, todo o resto do mundo já acabou menos o país Brasil...o Senhor não viu na televisão, não?<br />
- A TV daqui também tá quebrada, seu anjo!...Agora danooussee!... E a gente aqui vai ficar no prejuízo, é?!<br />
-Desculpe, senhor, mas foi verificado um problema de cobertura do sinal e constatamos que a sua área não oferece ainda condições necessárias para o recebimento desse serviço...Tenha um bom dia!<br />
<br />
<i>A cobrança da taxa de visita improdutiva chegou pelos Correios...</i><br />
<br />
-Danillo Melo-<br />
29/12/2012<br />
<i><br /></i>
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<i><br /></i>
<i><br /></i>Danillo Melohttp://www.blogger.com/profile/14997306452680900407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-47156394845695525502012-12-20T05:54:00.001-08:002012-12-20T06:00:55.888-08:00Eu sou um relógio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNHtgvNfx3TNIlJMWYtIhPMiiE6jtt9yxqUMigEoGuRLKSKULf5Louj-yHjUp2FpWqaf7T4Q2CUy0aV11vaydFxIS0fcGtXfT1K-fVRhDnhsj8BQLyZBWsxfUZBqf35gI3-ZRyDAiqT9A/s1600/o-tempo-de-deus-e-o-meu-tempo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNHtgvNfx3TNIlJMWYtIhPMiiE6jtt9yxqUMigEoGuRLKSKULf5Louj-yHjUp2FpWqaf7T4Q2CUy0aV11vaydFxIS0fcGtXfT1K-fVRhDnhsj8BQLyZBWsxfUZBqf35gI3-ZRyDAiqT9A/s320/o-tempo-de-deus-e-o-meu-tempo.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu sou um relógio. Vivo me debruçando sobre o meu próprio tempo. O tempo não conta ou mede a si mesmo. Ele sequer existe. O tempo somos nós. Somos ampulhetas ambulantes. Relógios andantes. Sujeitos a todo tipo de mau e bom desempenhos, como as máquinas. As vezes falta-nos pilha. As vezes gostaríamos de ser mais tempo. As vezes gostaríamos de adiantar nossos ponteiros e pular para a próxima etapa. Mas somos escravos do nosso próprio tempo. Somos auto-escravos. É ele que delineia a medida da nossa existência. É nele que encontramos e desencontramos os amores. Que prolongamos ou encurtamos a vida. Somos tempo de acordar, de "tomar o café da manhã", de fazer exercícios. Somos tempo de estudar e de trabalhar e de fazer nada. Somos tempo de amar e sermos amados, de não amar e sermos desprezados. Somos o cúmulo da contradição do tempo. Somos tempos que se atrasam. Somos tempos que não tem tempo. Reclamamos do relógio que trazemos no pulso, nos aparelhos eletrônicos ou que penduramos na parede. Mas esses são todos extensões de nós. São a representação do que somos. Somos nós os relógios que estão sempre atrasados. Nós, que somos o tempo, mas que não temos o tempo, somos senhores e escravos ao mesmo tempo. Por isso somos tão contraditórios, porque é próprio do tempo conter, em si mesmo, infinitos fatos, experiências e pessoas. O tempo não tem limites, não tem medida. As horas, os minutos e os segundos são linhas com as quais demarcamos, separamos e catalogamos a nós mesmos, a fim de nos controlarmos. Mas somos, muitas vezes, e durante muito tempo, tempos perdidos. Somos tempos sem tempo pra nada. Somos tempos que voam. Somos tempos ruins e tempos bons. Somos tempos fechados e abertos. Tempo que falta e tempo que sobra.Tempo que escreve e tempo que não apaga. Tempos livres. Tempos antigos e tempos modernos. Somos tempo parado. Tempos que mudam e que não voltam. Tempos que jamais serão os mesmos. Nós somos tempo que passa, que não morre, mas que acaba. E quando acaba, se torna como um relógio que deixou de marcar as horas.... Faz muito, muito tempo que somos tempo! E o que fizemos de nós mesmos?...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
-Danillo Melo-</div>
<div style="text-align: justify;">
20/12/2012</div>
Danillo Melohttp://www.blogger.com/profile/14997306452680900407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-53300406719247604102012-12-07T07:06:00.001-08:002012-12-07T07:06:33.030-08:00A palestra não produz nada prático<div style="text-align: justify;">
Parecia um velório. E velório é um gênero chato, triste e sombrio. É algo do qual você não quer participar, mas deve. A mesa, no centro da pequena elevação que poderíamos chamar de palco, era o caixão. O morto era o assunto. Ou estava morto ou estava sendo tratado como tal, pois não há velório sem defunto. O doutor, respeitado pelos outros acadêmicos com quem dividia o ofício era quem pronunciava o discurso, ou seja, aquele que falava sobre o morto. O mediador da mesa, aquele que conduzia o "debate", parecia o coveiro e cansado de ver tanto morto, tantas vezes, sentou ao lado do caixão e ouvia. Nós, os alunos, éramos os amigos do morto, tristes e incomodados, com razão, por ficar olhando o defunto, mas cônscios de nosso dever. A palestra começou. O professor que discorria sobre o tema iniciou dizendo: " eu irei refletir brevemente sobre..." e "para evitar coloquialismos, eu escrevi o que gostaria de dizer..."... Instintivamente e discretamente, todos olhavam para as suas mãos. Ele segurava seis ou sete folhas. O professor começou a leitura. Todos estavam sérios e compenetrados. Parecíamos realmente interessados, mas sabe-se que os defuntos são todos iguais, pois os homens, quando morrem, alcançam igualdade. No começo, o assunto tratado parecia distante do tema do debate, mas com dedicado esforço notava-se a ligação entre eles. Mas o problema eram as folhas. Cada vez que o orador terminava uma folha, ele empurrava a mesma um pouco mais para a frente e levantava a próxima, continuando a leitura, quase sem respirar. Por volta da terceira folha, a atenção inicial, se realmente existiu, em algum momento, foi se desfazendo, lentamente. Alguns viam algo mais interessante no celular, outros cochichavam coisas engraçadas e tinha aqueles que não faziam nada...pareciam estátuas, como se estivessem sem vida também. Eu, naquele momento, escrevia o título da crônica e sorria. O mediador colocava o polegar embaixo do queixo e o indicador na face, segurando a cabeça cujo rosto trazia uma expressão sofrida. O orador não respirava. Os goles de água eram tão rápidos que quase eram imperceptíveis. Discursava com eloquência e até certa empolgação. Parecia entender muito bem o que dizia, diferente da maioria de nós, creio eu. Na penúltima folha, uma torcida silenciosa gritava. Gritava com os olhos, com uma paciência engraçada, totalmente disfarçada. O professor dizia: " eu quero dizer com isso que...". Ah...uma explicação! Era o prelúdio do fim. As palavras consoladoras foram: " termino dizendo que...". Aí todos se ajeitaram e começaram a olhar os relógios...até que ele propôs três perguntas para <b>iniciar </b>o debate e finalizou. Estava consumado. Palmas, palmas!!!O professor estava suado e nós, felizes. O mediador da mesa agradeceu ao professor pelas palavras e iniciou o debate dizendo que nós poderíamos fazer perguntas. Não havia mais tempo. Tínhamos outras aulas para assistir. Dezenas de pessoas começaram a levantar. O professor que mediava a mesa pegou o microfone e falou que não precisávamos correr com medo de fazer perguntas. Alguns lhe disseram, de longe, que tínhamos outros deveres e ele fez que sim com a cabeça. Foi aí que a coisa ficou pior. Olhei ao redor e parecia que todos estavam de pé, dirigindo-se à saída do auditório. Fui um deles. Levantei-me, envergonhado e sorridente. Acho que nunca vi nada tão triste e tão engraçado ao mesmo tempo. Nem sabia qual das duas emoções deveria ganhar mais da minha atenção. Subi os degraus e me encaminhei para a saída. Olhei para trás diversas vezes e vi a cara triste dos dois professores ao redor da mesa. Queria ficar e ver o que aconteceria, mas faltava-me coragem e cara de pau. Todos devem ter ido embora, deixando ali, tristes, ao lado do caixão, a namorar o defunto, o discursante e o coveiro. Ninguém quis ver o enterro. Era triste demais. Fiquei triste por eles. Mas fiquei feliz quando lembrei do professor de teoria da literatura. Alguns dias atrás, ele havia nos dito que a arte não produzia nada prático. Aquilo mexeu comigo. Fiquei intrigado. Não quis concordar. Pensei em todos os argumentos que ele havia usado, tentando descobrir por que ele estaria certo ou errado. Aí veio a palestra. E em defesa da arte e do meu ego machucado, percebi que é a palestra que não produz nada prático. Foi como dar um soco nele, só por ter insultado a arte daquele jeito. A palestra fez eu sentir-me vingado. Para quem acha um exagero dizer que a palestra não produz nada prático, eu pergunto, então, o que será dizer que a arte não produz nada prático? A palestra até produz algo prático...Saí de lá sem entender nada, mas com uma crônica praticamente pronta...</div>
<br />
-Danillo Melo-<br />
07/12/2012Danillo Melohttp://www.blogger.com/profile/14997306452680900407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-4858257045173705812012-11-30T12:48:00.001-08:002012-11-30T13:21:37.360-08:00Não se fazem mais casamentos como antigamente!<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal">
A minha avó, a velha <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Maria
do Carmo Mendes</i>, degustou, ontem à noite, a nostalgia de seus tempos de
alvores, ao saber do fim do casamento de uma prima distante, nossa. Falou-me
como quem lamenta:</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
- <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Casamentos
descartáveis, estes de hoje. Casa-se em nome do amor e sapara-se como se o amor
fosse um defunto indigente! No meu tempo de juventude, não... </i>(Deixou de me
fitar e pareceu se perder em lembranças)<i style="mso-bidi-font-style: normal;">
O amor vinha com o decorrer dos anos. As moças casavam com quem deviam se casar
e pronto. Estava resolvido. Papai mesmo, quando me apresentou Sivuca</i>, (Meu
avô)<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> confesso que me deu vontade de dizer
que não aceitaria me casar. </i>(Gargalhou timidamente como quem revive algo
bom)<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> Sujeitinho mal-acabado, fedendo a
aguardente e com cara de malandro, mas como papai estava bastante animado com o
futuro noivado não contrariei. Noivei e posteriormente casei, mas nos primeiros
meses eu não agüentava olhar na cara daquele sujeito. Os meses passaram e, para
minha surpresa, o Sivuca mostrou suas virtudes. Eu passei a respeitá-lo. Com os
anos passando fui aprendendo a amá-lo. Desta forma lhe fui fiel até os últimos dias
de sua vida. Os primeiros meses de casamento foram uma tortura, é bem verdade,
mas o tempo me ensinou a admirá-lo. Hoje as mocinhas só casam se, por ventura,
julgarem que já amam os companheiros. Tolice! Não se fazem mais casamentos como
antigamente.</i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E eu lhe disse, aliviado:</div>
<div class="MsoNormal">
- Graças ao bom Deus!<br />
<br />
-Gleison Nascimento-<br />
30/11/2012 </div>
Gleison Nascimentohttp://www.blogger.com/profile/11668982899069234900noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-23673342611627594852012-11-22T07:04:00.002-08:002012-11-22T07:39:38.965-08:00Suvaco.<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal">
Axilas? Conheço sovaco... Aliás, sovaco não, SUVACO. Não
consigo entender o porquê de tanta discriminação linguística com o coitado.
Quanta babaquice. Debaixo de um sol de meio dia, não importa o nome, vai ser
desagradável ficar perto do dito cujo. Então... Para que tanta pompa?</div>
<div class="MsoNormal">
Perdoem-me os mestres dos bons modos da língua portuguesa,
mas eu acho mais agradável estar perto de um suvaco ameno a estar próximo a uma
axila revoltada. Além do mais o suvaco está presente no cotidiano de todos nós.
Tem como negar?</div>
<div class="MsoNormal">
Quando sua(o) namorada(o), caro leitor, se debruça por sobre
seu peito para receber afagos, não se engane, ela(o) vai estar com o nariz no
seu suvaco. Então se, por acaso, surgir um comentário do tipo:</div>
<div class="MsoNormal">
- Meu bem, no nosso aniversário de namoro, estou pensando em
te dar aquele perfume que eu tanto gosto de sentir na tua pele...</div>
<div class="MsoNormal">
Perigo! Afaste sua(o) amante do peito e encontre um jeito
mais agradável de dar carinho, e da próxima vez tome um banho, seu nojento. E,
se apesar desse desagrado, esta pessoa não te dispensar... CASE. É amor!</div>
<div class="MsoNormal">
O que eu tenho certeza que o leitor não sabe, é que o homem
foi criado graças ao suvaco. Veja só, na criação do mundo Deus deu vida aos
animais, fez os mares e a terra, a luz e o breu... Mas de tudo que criou o que
mais chamava a atenção do pai eterno eram frutas que brotavam das árvores. </div>
<div class="MsoNormal">
Ele achou aquilo tudo uma obra-prima. As frutas eram a mãe
da natureza. Eram elas que geravam as sementes de onde surgiriam novas árvores
e a vida perduraria... Então Deus começou a fazer tudo girar em torno das
frutas. </div>
<div class="MsoNormal">
Os mares sangraram águas doces para que as árvores se
nutrissem e gerassem, assim, boas frutas. As aves comiam as frutas enquanto
voavam e, assim, espalhavam suas sementes. Todas as frutas ganharam uma
utilidade prática no paraíso e, por ultimo, sobraram duas árvores sem nenhuma
função direta. A macieira e o limoeiro não tinham, aos olhos do criador, uma
função eminente. Deus pensou alguns minutos e, sentindo a beleza e a doçura do
fruto vermelho, disse:</div>
<div class="MsoNormal">
- Tu, árvore sublime, gerarás o fruto que representa meu
poder em terra e nenhum animal te poderá tocar... Quanto a você, limoeiro,
voltarei amanhã e dar-te-ei uma função.</div>
<div class="MsoNormal">
Então, na mansão celeste, se sentou em sua poltrona, na sala
de controle, e se pôs a imaginar como daria utilidade àquela fruta que não
parecia servir para nada. Depois de muito imaginar, criou a ‘catinga’. A nova
criação era formada por gases que traziam um mau odor. Este que seria inibido
pelas substâncias ácidas contidas no limão, mas ainda faltava uma coisa... Quem
exalaria a ‘catinga’? </div>
<div class="MsoNormal">
Deus percebeu que teria que produzir uma nova criatura para
habitar a terra... Aí surgiram os Suvacos, (dois suvacos, para ser mais exato)
Deus os chamou de ‘Suvaco de Adão’ e jogou-os no mundo. Então passou o resto do
dia espreitando o impacto causado pelas novas criaturinhas que habitavam o paraíso...
Elas até tinham funcionado muito bem, mas Deus, perfeccionista em tudo o que
faz, não ficou satisfeito com o resultado estético daqueles dois suvacos,
trepados no limoeiro. Então decidiu que teria que criar algo para dar um
sentido estético aos ‘suvacos de Adão’... Então fez o homem.Bem, o resto da história vocês já conhecem!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Gleison Nascimento-</div>
<div class="MsoNormal">
21/11/2012 </div>
Gleison Nascimentohttp://www.blogger.com/profile/11668982899069234900noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-72688578554140074042012-11-20T06:00:00.001-08:002012-11-20T06:00:57.170-08:00A revolução do “H”<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Procurei o
“H” no dicionário. Encontrei-o, gigante, em letra de fôrma, maiúsculo, no
centro superior da folha. Abaixo dele, no canto esquerdo, um “h” minúsculo
sofria definição: “A oitava letra do alfabeto da língua portuguesa”. O menor,
parecia tímido, triste e esquecido. O maior, revoltado, fazia as malas para ir
embora. O alfabeto, como um bom pai que é, ficou triste. Lhe sobrariam, apenas,
25 filhos para tomar conta. O “H” chamou a família, explicou aos irmãos mais
jovens, o K, o W e o Y, o motivo da partida anunciada e mandou pôr outra letra
no seu lugar, no dicionário. Todos sentiram que faltaria um “Q” de “H” naquela
casa. O “H” sentou-se no “h” minúsculo e começou sua defesa:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">“Eu não
sirvo pra nada. Quase nunca servi. Quando eu era jovem, precisavam de mim na
Pharmacia, por exemplo, e em outras palavras importantes. Hoje, como no hoje, não
tenho sequer um som. Sou a representação gráfica de algo que não existe, que foi
deixado ali, talvez, por pena. Me sinto como a Rainha da Inglaterra, pousando
na varanda, fingindo que lidera tudo, mas sem mandar em nada. Chamem o “R”, por
favor e deixem que ele cuide dos “hamsters”,
dos “hackers” e de quaisquer outras palavras, estrangeiras ou não, que
necessitem desse som. Ele fará este trabalho melhor do que eu. Partirei, o mais
rápido possível, para uma terra estrangeira, onde eu possa contribuir,
substancialmente, para o léxico...”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Foi
extremamente triste! O “H” havia perdido a honra. Na verdade, a honra havia
perdido o “H”. E foi ela a primeira a se pronunciar. Saiu de onde estava,
voltando algumas páginas, e foi bater no começo da lista das palavras que
começavam com “H”. Falou que sem ele estava desonrada e cobrou consideração...
O homem, com “H” maiúsculo, disse que sem o “H”, poriam em xeque sua
masculinidade e virilidade...O hidrogênio não existiria mais. Ficou arrasado...
A hora reclamou que viraria outra palavra e também deixaria de existir, e que,
por isso, o tempo não passaria... O verbo haver perdeu o passado e ficou
triste...Uma a uma, as várias palavras envolvidas foram se apresentando e
defendendo a permanência do “H” no dicionário brasileiro. Todas as palavras se
amontoaram , tentando chegar até aquela página, para pedir ao “H” que ficasse.
Milhões de hzinhos imploraram que ele não fosse embora. O dicionário ficou
enxuto aquele dia...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O “H” ficou
mudo. Percebeu que, sem ele, não haveria mais ganhos. As pessoas perderiam seus
olhares, os dias ficariam sem manhãs, os pais perderiam seus filhos e o mundo
perderia seus sonhos. Recobrou a voz e a honra e terminou a revolução. Retomou
a frente das palavras que tanto reclamavam sua volta e retornou para o centro
superior da página, altivo, cheio de pompa e imponência, assim como os “H’s”
são...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv7szJBrrtLg_yBQ-c8vHdiHM5_z27TL24yhiR-jN9Gm6YpyJ-WTYXflyDnpEd4qz0KV9K-0ZcU1pCGHI31Ad7j5Tq-Yw8vtZlvPk40OPC7gxQTS151hnFLYVv1jdCWA-1WRoK5Xa7kEI/s1600/Nomes-82.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv7szJBrrtLg_yBQ-c8vHdiHM5_z27TL24yhiR-jN9Gm6YpyJ-WTYXflyDnpEd4qz0KV9K-0ZcU1pCGHI31Ad7j5Tq-Yw8vtZlvPk40OPC7gxQTS151hnFLYVv1jdCWA-1WRoK5Xa7kEI/s1600/Nomes-82.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">-Danillo
Melo-<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">14/11/2012<o:p></o:p></span></div>
Danillo Melohttp://www.blogger.com/profile/14997306452680900407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-42949379493207447652012-11-15T19:05:00.001-08:002012-11-15T19:21:55.118-08:00Eu sou um gato.<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal">
Descobri que, se existem vidas antepassadas, em alguma de
minhas reencarnações eu fui um gato. Sim, um gato. O primeiro indício que me
leva à esta conclusão são as características físicas. Estou acostumado a, desde
sempre, escutar: </div>
<div class="MsoNormal">
- Nossa. Como aquele cara é um gato!</div>
<div class="MsoNormal">
E, apesar de sempre ouvir coisas deste tipo, nunca atinei
verdadeiramente para este fato. Até esta quarta-feira, dia 14 de Novembro,
quando parei para observar um felino que passeava no meio das pessoas num
evento de poesia que estava rolando em Olinda. Achei curioso ver um gato
passear tranquilamente no ‘Sarau do Cão’. Depois descobri que o Geremias, como
é chamado o bichano, é criação dos donos do espaço onde o evento acontecia.</div>
<div class="MsoNormal">
Decidi analisar o comportamento do animal que não me trazia nem
um pouco de empatia, até então. Sentei-me na escada de acesso que dá vista para
o ambiente principal, onde o Geremias fazia seu tour. Seus passos lentos e
compassados, quase balé, me faziam querer caminhar também. Cintive-me e foquei
em minha observação.</div>
<div class="MsoNormal">
Percebi que quando algumas pessoas (algumas mulheres, para
ser exato) notavam a presença ilustre do bichano, lhe faziam carinho na cabeça.
Era uma festa. Ele encostava a cabeça na perna da moça e começava a fechar os
olhos, como um Marajá. Ficava mole. Quando a moça desviava a atenção dos carinhos,
ele fazia pirraça. puxava a barra da saia, com os dentes. Quando não arranhava,
de leve, a panturrilha de sua amada para lhe chamar a atenção. Queria carinho. Juro,
senti-me irmão daquele gato.</div>
<div class="MsoNormal">
Por vezes, quando parecia estar cansado daquele monte de
gente, se afastava. Parecia arredio. Tornava-se um elegante observador. Após
alguns minutos, voltava em sua busca incansável por afagos intermináveis. Eu
não cabia mais em mim!</div>
<div class="MsoNormal">
Levantei-me, e desci as escadas correndo. Precisava dividir
aquilo com alguém. Afinal, de que vale ser um gato e não poder se exibir por
isto. O primeiro amigo íntimo que encontrei foi o Fernando<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Bessony.</div>
<div class="MsoNormal">
- Nando, eu sou um gato, cara!</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O Fernando riu da
minha cara, talvez me achando Narcisista demais para ser persuadido com
verdades relativas. Desisti de contá-lo. Prossegui em minha procura por afago e
encontrei a Thalita Pereira que parecia estar mais entretida em minha agonia
latente que em qualquer outra coisa. Achei que seria a ouvinte perfeita.</div>
<div class="MsoNormal">
- Neguinha, eu sou um gato.</div>
<div class="MsoNormal">
- Eu sei, eu sei disso, meu bem. Tentou-me consolar.</div>
<div class="MsoNormal">
- Não, não é bem isso que estás pensando... Contei-lhe
minhas observações. Não é o máximo?</div>
<div class="MsoNormal">
- Nego. Gato tem bafo de peixe e enterra merda, cara.</div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=5587104252896972559" name="_GoBack"></a>Desisti<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de minhas auto-psicanálises. Desisti de ser
gato. Agora eu quero ser cachorro. Os cachorros são incríveis. É. está
decidido. Eu sou um cachorro!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Gleison Nascimento-</div>
<div class="MsoNormal">
15/11/2012</div>
Gleison Nascimentohttp://www.blogger.com/profile/11668982899069234900noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-32613941429517026712012-11-10T07:04:00.001-08:002012-11-10T07:04:25.843-08:00Escritor adestrado<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal">
Eu descobri que a melhor maneira de adestrar um escritor é
fazê-lo dar intimidade ao seu leitor mais assíduo. Aquele mais chato. Um leitor
que ligue na madrugada para lhe cobrar sua crônica semanal. Aí um escritor toma
jeito. Agora quer ver fazê-lo nunca falhar? Faça desse leitor, sua namorada. </div>
<div class="MsoNormal">
Você não imagina o quanto é doída a possibilidade de
decepcionar um leitor, ainda mais se sua namorada for esta leitora. Meu
organismo, por exemplo, rejeita a estranha mania de acordar cedo, – 10 da manhã
ainda é madrugada, sim- mas estou cá, num sábado às 06:47h da manhã escrevendo
uma crônica para as pessoas que passam a semana esperando esta crônica. Ai, eu
amo vocês!</div>
<div class="MsoNormal">
A razão de minhas crônicas irem ao blog é você, querido
leitor. É por você que gosta de viajar nas besteiras que digo que não deixo de dizer besteiras. Dentre tantas coisas que tenho para agradecer à Deus, uma das mais importantes é por ter leitores. Isto me alimenta e
alimenta o blog, por conseqüência. </div>
<div class="MsoNormal">
Devo falar que a culpa desta ‘crônica da semana’, em específico,
estar sendo publicada é de uma leitora muito especial. A Thalita Pereira me
encheu o saco esta semana. Você acredita que eu estava esperando uma entrevista
de trabalho, na segunda-feira, e desisti por causa dela?</div>
<div class="MsoNormal">
Faltavam duas pessoas para chegar a minha vez de ser
entrevistado, quando recebi um SMS:</div>
<div class="MsoNormal">
‘ Neguinho, não entra nesse emprego, não. Vai te sugar a
vida. Não terás tempo para nós, teus leitores. Fica conosco, meu bem?’</div>
<div class="MsoNormal">
Você tem noção do que é, para um escritor, ler isso? Sai
correndo daquele matadouro de artistas. A Thalita me salvou a vida. Venho aqui,
agradecer a esta linda cozinheira por me lembrar de quem eu sou. Sim, sou um
escritor e devo fidelidade aos meus leitores.</div>
<div class="MsoNormal">
Se não fosse a persistência da Thalita talvez, na segunda-feira
que vem, eu estivesse empacotado, despachando papéis que nunca terão uma
utilidade verdadeira. Sinto-me feliz por não ser um proletário. Afinal, acordar
cedo para bater ponto é coisa de otário né, neguinha?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Gleison Nascimento-</div>
<div class="MsoNormal">
10/11/2012</div>
Gleison Nascimentohttp://www.blogger.com/profile/11668982899069234900noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-11818163135677590152012-11-01T07:02:00.000-07:002012-11-01T07:02:53.306-07:00Linhas Cruzadas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFp3Gfl1pF4-QZ-zhxNB4css_U60CdRpxofn56oBMdDSm5M7nB-IG9KYtY-8YkOG_J6WCgtU7Z663l-JQsvNsQbEzFfnO0MkK5auJfZKcsxkBJyL6nPBPipuCDn2XHfYL7R8H5hRGc4tk/s1600/linhas+cruzadas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFp3Gfl1pF4-QZ-zhxNB4css_U60CdRpxofn56oBMdDSm5M7nB-IG9KYtY-8YkOG_J6WCgtU7Z663l-JQsvNsQbEzFfnO0MkK5auJfZKcsxkBJyL6nPBPipuCDn2XHfYL7R8H5hRGc4tk/s320/linhas+cruzadas.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
22:30hs</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
(Pedro entra em casa. Todos estão dormindo.)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pedro: (disca os oito números da Bia)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
(Silêncio...silêncio...silêncio...)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Bia: O Pedro me esqueceu...?...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pedro: Porcaria de telefone!(Disca de novo)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
(Silêncio...silêncio...silêncio...)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Bia: Ligo pra ele ou não?...Deve estar tomando banho...ou
saiu...saiu? pra onde? Uma hora dessas?pra balada??!!Safado! Vou pegar no
flagra!!...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pedro: Droga! Eu vou morrer!A Bia vai me matar!...O que é
que eu digo?O que é que eu digo?...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
22:40hs</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Bia: (balançando a perna freneticamente...) </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Já faz meia hora
que o Pedro chegou da faculdade e não me ligou ainda!!!Quando eu conseguir
falar com ele, vou dizer umas poucas e boas!...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pedro: (Corre pro quintal e disca de novo...O telefone chama
apenas uma vez...) </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Este telefone encontra-se fora de área ou desligado...”.
Minha nossa! Ela desligou o telefone!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Bia: (sentada na cama com o celular em cima da
perna...balançando, balançando, balançando...) </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Meia hora já! Como eu sou
idiota!!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
(Deixa o telefone na cama e vai até o telefone fixo, no canto da sala)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pedro: (Sobe na laje...tenta enviar um SMS.)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Mensagem não
enviada” </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
(Liga de novo...começa a chamar...chama uma vez, duas vezes, três
vezes...ninguém atende)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Bia: (Liga pra casa do Pedro)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Alô?!(mãe do Pedro, cochilando, ao som da novela)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Dona Carmem, é a Bia. Posso falar com o Pedro?!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
(Dona Carmem abre a porta do quarto...ninguém na
sala...luzes apagadas)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-O Pedro não chegou ainda, minha filha.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Muito obrigado, Dona Carmem...(desliga o telefone com
força)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
22:50hs</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Bia: Cachorro!..(volta pra cama e olha para o visor do
celular...nada ainda...Liga pro Pedro)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Alô?!(voz de mulher)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Pedro?!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Pedro?! Não!!!Aqui é a Gisele!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Gi... o quê?!...(desliga na cara da Gisele e começa a
chorar..)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pedro: (Desce da laje, abre a porta do quarto da
mãe...dormindo...)Preciso relaxar...(suspira...vai até o quarto e liga o Play
Station e começa a jogar futebol...)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
23hs</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Bia: (Chorando e comendo chocolate)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ele não me merece!!...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pedro: (Pausa o jogo, pega o telefone e liga novamente pra
Bia)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Alô. (responde Bia com frieza)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Oi, meu amor.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
- Você ta pensando que eu sou palhaça é, Pedro?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-O que foi, amor?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
- Seu cara de pau! Eu sei de tudo!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
- Tá falando de que, Bia?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Você é muito sonso mesmo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Me diga o que ta acontecendo, por favor!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Não se faça de doido! Seu galinha!Cachorro!Safado!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Tá ficando doida é, Bia?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
- Onde você está, hein, Pedro?! Fale a verdade! Não minta
pra mim!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
23:15hs</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
(Aperta, sem querer, o botão do Joystick...Música de fundo:
“Eu quero tchu, eu quero tcha...”)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Tô em casa, Bia.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Em casa?!Em casa?!...e essa música aí?! Tá pensando que eu
sou surda é, Pedro?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Amor...é o vídeo game...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Vídeo game nada!!( Grita como uma louca)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
- Eu liguei pra sua casa, seu safado...homem é tudo igual
mesmo...morre negando!!Por isso você não me ligou não é?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Eu liguei pra você, amor, a noite toda...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Tá me achando com cara de idiota é, Pedro?! Eu liguei e foi
uma mulher que atendeu seu telefone!!!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-O meu?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Não, Pedro, o meu!...o nome dela era Gisele....(começa a
chorar). </div>
<div class="MsoNormal">
Pedro...como é que você tem coragem de fazer uma coisa dessas comigo,
Pedro?! Depois de cinco anos de namoro! Eu sou uma besta mesmo...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Amor...não é nada disso...está havendo um mal-entendido
aqui...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Quer saber de uma coisa, Pedro?! Vai casar com a Gisele!!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
(tu...tu...tu...tu...tu...tu...)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
23:45hs</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pedro: (Dá um soco na parede, derruba o joystick e liga
novamente, pronto pra esclarecer tudo)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Alô?!(voz de homem)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Bia?!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Não...aqui é o Ricardão!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
(tu...tu...tu...tu...tu...tu...)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Danillo Melo-</div>
<div class="MsoNormal">
01/11/2012</div>
Danillo Melohttp://www.blogger.com/profile/14997306452680900407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5587104252896972559.post-44722395612717132812012-10-28T10:52:00.002-07:002012-10-28T12:51:30.404-07:00E Jesus é agiota?<br />
<div class="MsoNormal">
Quando criança eu imaginava Jesus como sendo um cara magro,
de cabelos lisos, feição apaziguada, fala mansa, olhos verdes e sorriso no
rosto. Ledo engano. Nesta quarta-feira um camarada, no ônibus, conseguiu
descaracterizar a imagem que eu tinha de Jesus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Explico o porquê. Eu vinha sentado, cansado, e de olhos
fechados no ônibus. O dia tinha sido corrido. O rapaz sentado na cadeira
atrás da minha estava pendurado no telefone há alguns minutos. Falava alto. Eu
escutava tudo. Ele estava fazendo uma cobrança à pessoa que estava no outro
lado da linha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Você ficou de resolver isso na semana passada; dizia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Falava muito alto, mesmo. Aquilo começou a me incomodar. Virei
o corpo e esguichei a cabeça para analisar a figura. Trajava um paletó e
segurava uma bíblia. A essa altura gritava mais. Decidi mudar de lugar para
tentar lhe observar sem chamar atenção. Agora,
na mesma fila de cadeiras, estava ele em uma janela e eu na outra.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Tu tás pensando que eu sou otário, varão?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Parecia mais nervoso. Uma mão segurava o celular, a bíblia
por sobre o colo, e a outra esmurrava a cadeira, entre gritos de repressão ao
devedor. Eu não conseguia me controlar, não parava de fitar o cristão irado.
Notou meu interesse pela sua conversa e baixou o tom da voz.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Varão, quando chegar em casa ligo pra você. Você fica me
enrolando, mas tome cuidado. Quando Jesus lhe pegar você vai ver, viu?
Desligou.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Pronto. A partir desse momento só imagino Jesus como sendo
um negão de dois metros de altura, bombado, Com a feição áspera e uma pistola
Ponto40 na cintura. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Vacilei em perguntá-lo, temeroso, se Jesus é agiota, mas calei. Foi
melhor.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ontem, sábado, fui à uma mercearia, que fica próximo a minha
casa, comprar umas cervejas. O dono do local, evangélico, é até muito educado. O
Thiago Martins acha que ele é gay. Eu acho que não.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Meu irmão, me dê dez ‘Skol’, por favor; lhe disse.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Depois de procurar, no freezer:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Oh, meu lindinho, só tenho cinco latões. Vai levar? Estou
há cinco dias esperando o caminhão da Skol, acredita?</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Acreditei. Disse-me mais:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Estou orando pra que Jesus traga, logo, essas cervejas. não
posso ficar sem vender!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Sorri, aliviado. voltei para casa com cinco cervejas e uma certeza.
Jesus não é agiota, mas é o motorista do caminhão da Skol. UFA, confesso que desceu redondo!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
-Gleison Nascimento-</div>
<div class="MsoNormal">
28/10/2012</div>
Gleison Nascimentohttp://www.blogger.com/profile/11668982899069234900noreply@blogger.com1