sexta-feira, 14 de agosto de 2015

O amor é isso

Amar é nunca mais sentar na janela. É se dar, se doar, se oferecer. É ser 1º coríntios 13. É descobrir, como dizem por aí, que há uma beleza gigante e muitas vezes latente nas coisas pequenas e simples... que “a simplicidade é a sofisticação suprema”. Não cabe na mente essa coisa toda... essa coisa de amar. É adimensional. Complexa. Como as palavras. Como a própria vida. Como a própria morte. É feito coisa de poeta, que quem não é, não sente. Por isso que tem gente que não acredita. Que jura que não é verdade. Que diz que não existe, como alguns dizem de Deus. Mas muita gente diz que sente ou que já sentiu... Deus e o amor. Duvido coisa simples mais complicada. A gente é que pensa, vez por outra, que é capaz de definir o indefinido, de classificar o inclassificável, de entender o ininteligível. A gente só sente. E sentir é tão particular e há tanta gente que tanto sente que o amor é, ao mesmo tempo, público e pessoal, coletivo e privado. Por isso não há quem o descreva completa ou perfeitamente, ou que dê a ele uma descrição única e acabada... uma cara, uma caricatura, um retrato-falado.... Talvez seja o indescritível o que o torna multifacetado. Mas nunca cansam, nem os poetas nem as canções, de tentar descrevê-lo, de lhe fazerem sala, de lhe tomarem por tema, fotografá-lo, retratá-lo... O amor é celebridade. É o foco dos holofotes nos palcos das vidas. Protagonista e antagonista. Herói e vilão. Salvador e algoz. Culpado de tudo que há de mais mesquinho e de mais sublime no mundo. O amor é crime. O amor é filme. O amor é fuga. O amor é fim. O amor é meio. O amor é começo. É coisa que entra na rima, mas que nela nunca cabe. Nunca coube. O amor é incontível. É o incontido no peito de muita gente. É invasor eficaz que gentil ou ferozmente se instala e derruba e levanta.... É queda. É tiro. É tiro e queda. É cura e é doença. Não tem começo nem fim, porque quando acaba (se acaba) teima em nascer novamente. É semente do infinito no vão da eternidade. Ah...O amor... o amor é o tempo explicando a vida... E a gente leva a vida toda tentando entender o que é o amor...

Danillo Melo

14.08.2015

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