Há tempos que não componho uma crônica para preencher este
blog. Aos que desejavam ouvir mais palavras, perdoem a demora. É que faz algum
tempo que os 99% de transpiração não encontram aquele 1% de inspiração que eu
preciso para fechar a minha criação. Aos que me ouvem pela primeira vez, espero
que seja prazeroso para vocês.
Esta crônica, que agora vos apresento, iria ser intitulada “A
vida sem ela”, mas na hora da criação, eu recebi aquele 1% divino e tudo mudou.
Mudei tudo. Irei falar, agora, sobre “a vida sem eles”.
A internet é “ela”! Os livros são “eles”! Não vivo sem “eles”
(a internet e os livros), mas hoje, não gostaria de falar dela. Vou falar
somente “deles” (os livros). Perdoem os trocadilhos “... é coisa de poeta
navegar na contramão...”.
Não vivo sem eles! Os livros são drogas. Causam dependência.
Nos prendem, nos tiram da realidade, nos sugam, nos fazem esquecer da vida. São
quase pessoas. Conversam conosco, mudam a nossa maneira de ver o mundo e a nós
mesmos. Transformam nossas mentes, influenciam nossos pensamentos e motivam
nossos sonhos.
São buracos negros. São o portal para outros e infinitos
mundos. São a fonte inesgotável do saber. São a perpetuação da alma humana. A
materialização da imortalidade. A concretização do conhecimento. O veículo para
a fantasia. A estrada para o infinito. A terra da liberdade.
Praticamente todas as religiões veem nos livros o poder de
curar, de mudar, de transformar de ser um remédio para a alma, de ser o veículo
de comunicação com um ser superior... O céu deve ser uma grande biblioteca... Os
livros são o legado dos homens e da humanidade. São o diário do mundo. O homem
começou escrevendo livros nas paredes e hoje, escreve livros em telas.
Os livros são o ópio para a alma dos poetas e a lei para a
alma dos profetas. Os livros são as ideias dos sábios e dos loucos. São o
melhor mundo em que as crianças já viveram e a melhor experiência que já
tiveram.
Nunca houve vida sem eles. Sempre há vida neles.Os livros tem
vida e dão vida. Por eles e através deles é que eu me sinto vivo...
-Danillo Melo-
21/03/2012
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