segunda-feira, 9 de julho de 2012

As velas que me acenderam.


Há dez velas na mesa. Todas acesas. Todas emanando seu calor e luz. Se o vento bate e apaga alguma destas velas, qual é a maneira mais prática de acendê-la novamente? Respondo. Usando o fogo de uma das velas acesas.
Nós somos velas. Todos. Velas acesas, mas o vento costuma ser ferino. Precisamos de outras velas para nos mantermos acesos. Vivos. Por vezes acenderemos algumas velas que se apagaram. Acenderemo-nos com o fogo que temos e que nos foi cedido por outra vela. Assim é a vida.
Neste domingo tive o prazer de se convidado a assistir o jogo do time mais querido do Brasil, ‘o Santinha’, na casa do Fernando Bessony. Querido amigo, pessoa única (Nem tanto. Explico já.). Foi uma tarde bastante agradável, apesar do empate morno do jogo. Se bem que o jogo ficou em segundo plano.
Fui muito bem recebido na casa do amigo. Os cachorros super receptivos. Com latidos e rosnados. O papagaio (louro) até assobiou para mim. Fiu-fiiiu. ( Animal de bom gosto. Diga-se de passagem.) A mãe ,( que inclusive fez uma farofa com lingüiça para acompanhar com uma cervejinha, que é uma delícia.) a irmã e a avó do Nando são pessoas incríveis, mas a surpresa mais grata foi o pai desse rapaz. Um artista nato. De Vivência. Pessoa linda. O Fernando teve a quem puxar.
Tomamos uma cervejinha. Conversamos a tarde inteira. Rimos bastante. O cara mais parece que é irmão do Fernando. Escutamos algumas boas músicas. Até que deu minha hora. Fui pegar o ônibus. O Fernando, gentilmente, me acompanhou. Subi ao ônibus e percebi que havia algo diferente em mim.
Meu fogo, que andava meio apagado, tomou corpo novamente. Reacendi-me. Reacenderam-se, melhor dizendo. O Fernando Bessony  Pai e o Fernando Bessony Filho. Iguais no nome e na luz. Dois caras incríveis.
Nem a chuva ( o toró.) que me molhou do ponto de ônibus à porta de minha casa foi suficiente para abrandar esse fogo. Essa luz.
 Estou aceso e nesse texto tem um pouco do meu fogo e minha luz para que você, querido leitor, possa também se aquecer e se iluminar, mas lembre-se, essa luz não pertence a ninguém. É nossa. Nos foi doada. Então, seja a luz na vida de alguém. Ilumine toda vela que encontrar apagada. Ela pode lhe reacender no futuro. Abrase seu coração e cause um incêndio em sua alma, só assim essa luz nunca apagará. Você nunca apagará.

-Gleison Nascimento-
09/07/2012
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário