Quem não acredita em contos de fadas?...Você já usou a palavra príncipe ou princesa alguma vez? Já percebeu que esse substantivo é quase um adjetivo? Que é quase um sinônimo para belo(a), meigo(a), simpático(a), educado(a), elegante, romântico(a)?! A verdade é que um conto de fadas sempre fez parte do nosso âmago, do nosso imaginário, dos nossos sonhos mais ternos. Ninguém entrou casmurro no palco da vida. Talvez tenha se tornado assim ao vivê-la. Os contos de fadas são o mundo perfeito das crianças e os adultos são crianças desiludidas, que perderam a fé nesse mundo, mas como queriam que tudo fosse verdade! Não é ,o amor, isso? A nossa busca eterna pelos nossos contos de fadas pessoais? Embora o amor esteja em queda, esmagado pelo dinheiro, fama, sucesso, desilusões e tragédias amorosas, ele nunca morre. Ele é imortal. Ele sempre volta. Tem gente que ama deliberadamente. Tem gente que sofre constantemente. Tem gente que não desiste. Tem gente que desiste, mas não desacredita. Embora a vida tenha calejado nosso coração, a nossa alma é faminta. Ainda se deseja um "felizes para sempre". Quanto a isso, Renato Russo cantou que "o pra sempre, sempre acaba" e Vinícius retrucou: " que seja eterno enquanto dure"... Não precisamos de castelos, cavalos, poções mágicas, e beijos ressuscitadores para vivermos o nosso conto de fadas. Sabemos bem o que buscamos e o que precisamos. É o romantismo! Amar sem medo e sem medida, como o primeiro amor: disposto a tudo, inexperiente, corajoso, profundo, sincero e mágico. Buscamos algo maior do que aquilo que as pessoas dão e recebem hoje em dia. Queremos romantismo. Queremos uma vida não completamente recheada de flores, mas repleta de primaveras. É melhor viver e amar sem medo, que morrer sem ter vivido, por medo de amar. Porque quando a vida estiver chegando ao fim, não teremos mais tempo para termos e sermos príncipes ou princesas"encantados"...
Festa
Meu peito já
se encontra adormecido
Das dores
que o tempo me infligiu
E cada dia
mais amortecido
De amores
com que ele se iludiu
Senhor de
acreditar em fantasias
Riacho de tristezas e de pranto
Meu peito, oh, meu peito, sofreu tanto
Que fez dos desencantos companhias
E o pranto que se fez parte de mim
Acostumou meu ser a ser assim
Amigo dessa dor que me molesta
Mas quando um novo amor se faz presente
Embora ele se vá rapidamente
Meu peito faz, do pouco, muita festa.
Danillo Melo, 29 de maio de 2012
-Danillo Melo-
03/06/2012
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