sábado, 2 de junho de 2012

Novinha.

Era fim de tarde, dia de sábado de muito calor. Fui pela primeira vez na casa de meu amigo Gleison Nascimento, poeta e dançarino de boa qualidade. Encontramos seu pai no sofá, cumprimentei-o com meu sorrisinho de amatutado e em seguida sua mãe, pouco mais velha que eu, pode? Meu amigo me alojou em seu quarto enquanto iria tomar um banho pra depois sairmos pra noite. Então, eu e um computador (novinho que acabara de ganhar) presenciamos a chegada de um menininho de 4 anos, sardento e engraçado, achei-o fofo e dei um cheiro na cabeça. Olho-me de baixo pra cima e perguntou se eu era gay. Depois pediu pra eu colocar um vídeo no youtube, uma tal  Novinha. Jurando ser algo infantil fiz a pesquisa e apertei play e começou o pancadão! Meu Deus! O garotinho e mais duas mocinhas que saíram num sei de onde subiram em cima da cama do poeta e começaram a esculhambar na coreografia. Perguntei ao pivete “são suas irmãs?” e ele já em estado de êxtase “São minhas morenas!” Desliguei o computador! Veio a simpática mãe com uma “lapa” de prato de sopa quentíssimo acompanhado de dois pães amassados na chapa pra minha fartura janta. Hum... Os meninos roubaram meus pães e saíram correndo. Eu fiquei com a sopa quente naquele calor danado olhando para o computado  desligado pensando na tal Novinha na cabeça do garoto de olhos brilhantes.

- Kerlle de Magalhães, 02/06/2012-

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