Abrir mão
de um amor que se tem, é como abrir mão de um pedaço de você. Você viveria
tranquilo tendo perdido uma perna? Acredite, o tempo passaria e você viveria,
sim, tranquilamente sem uma perna. Ou morreria chorando por ela.
Se em
algum momento você se obrigou a abrir mão de alguém que, outrora, foi o motivo de
seus sorrisos, simplesmente para ver esse mesmo alguém ter mais motivos para
sorrir, você sabe o que é sentir uma dor nobre. Você já encarou a face
inconstante do amor!
Na vida
só há um motivo para se abrir mão de um amor que se tem. A felicidade de quem
se ama. Não quero dizer que será fácil. Não será. Você estará abrindo mão do
seu sorriso, para que esta pessoa sorria. (muitas vezes nos braços de outro
alguém.) Doído, não? Pois é, caro leitor, o amor não é, senão comunhão de
alegrias e sofrimentos.
Bons
beijos de boca se encontram em qualquer lugar. É muito fácil. O sentimento é
algo mais elaborado... É necessário paciência, confiança e empenho para
construir um sentimento firme.
Os defeitos são, muitas vezes, corrosivos, mas
quem não tem defeito, né? O amor serve
também para nos aprimorar... Mudarmos o que achamos sensato ser mudado. Mudar
não por quem se ama. Não. Mas mudar por você e, naturalmente, estará fazendo
também por aquele (s) a quem você quer bem. Entende? O único defeito ruim é
aquele que ameaça a nossa felicidade, os outros são todos bons... Fazem-nos
humanos.
Os
príncipes encantados e as princesas indefesas morreram nas entranhas da
infância. Não vivem no mundo real. ( Como é bom saber disso... Essa gente sem
defeito é um saco.)
Só existem dois tipos de amor. O amor altruísta e o amor
corrosivo. A forma de amor que você carrega no peito não define a quem você irá
amar... O amor não é seletivo. A sua
maneira de amar define, somente, quanto tempo a pessoa amada vai ficar ao seu
lado. Tenho certeza que não preciso estender mais o meu discurso sobre este
ponto. Você, querido leitor, me entendeu. Se, por acaso, não conseguiu
compreender, é porque prefere assim.
Findo aqui esta crônica que tenta falar de amor e que na
verdade é um lamento por uma amada que se vai e um afago no amor que permanece
entranhado ( Muitos até dirão que este texto foge do estilo de minhas crônicas.
Até parece que é uma crônica do Danillo Melo, mas não. Sou eu. Gleison. Podem
conferir na assinatura no fim do texto.). Amemos mais. Amemos
incondicionalmente. Amemos lindamente. Amemos!
Obs: O Nilton Junior certa vez, numa conversa, me falou: “ Feliz de quem
sabe amar incondicionalmente!” . Sabe das coisas esse cara.
- Gleison Nascimento, 12/06/2012-
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